Terceira dose de CoronaVac recupera a proteção de anticorpos neutralizantes em 20 vezes, afirma pesquisador chinês
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Publicado em:
08/12/2021
A dose de reforço da CoronaVac, vacina de vírus inativado do Butantan e da Sinovac, aumenta em cerca de 20 vezes o nível de anticorpos neutralizantes, capazes de combater não apenas a cepa original do SARS-CoV-2 mas todas as variantes, incluindo a nova variante ômicron. É o que declarou o cientista Xiangxi Wang, pesquisador principal do Laboratório de Infecção e Imunidade do Instituto de Biofísica da Academia Chinesa de Ciências durante o segundo dia do CoronaVac Symposium nesta quarta (8).
A ciência já concluiu que, seis meses após a segunda dose da vacina, a produção de anticorpos neutralizantes cai em relação a todos os imunizantes. Além disso, de acordo com o pesquisador, as mutações na proteína Spike contidas nas variantes promovem resistência às vacinas. “Uma alternativa plausível para resolver essa questão é administrar a terceira dose da vacina entre seis e 12 meses após a segunda dose, para melhorar e estender a proteção”, afirmou o pesquisador.
Análises conduzidas no laboratório com o plasma de indivíduos que receberam a terceira dose da CoronaVac comprovaram que ela é capaz de recuperar a produção de anticorpos neutralizantes, aumentando em 17 vezes o nível de anticorpos contra a variante delta e contra a cepa original de Wuhan, em 18 vezes contra a variante alfa, em 19 vezes contra a beta e em 14 vezes contra a gama. “A titulação de anticorpos neutralizantes se manteve depois de seis meses da dose de reforço”, reforçou Xiangxi.
O pesquisador também analisou mais de 200 estruturas complexas do coronavírus e investigou os sítios de ligação dos seis tipos de anticorpos neutralizantes anti-RBD (subdomínio da proteína S do vírus). Os três primeiros anticorpos, predominantes no início da imunização, não eram capazes de reconhecer as variantes.
No entanto, os outros três tipos de anticorpos reconhecem os epítopes e mostram alta neutralização contra as variantes, inclusive a ômicron, que contém 30 mutações na proteína Spike. “Esses anticorpos são significativamente aumentados após a terceira dose. Assim, a doce adicional leva a uma recuperação durável e rápida da imunidade humoral”, explicou.
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