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Vice-presidente da Sinovac apresenta o passo a passo do desenvolvimento da Coronavac em simpósio


Publicado em: 10/12/2021

Os primeiros casos de Covid-19 foram identificados em dezembro de 2019, e o vírus SARS-COV-2 foi descrito em maio de 2020. Neste período, a Sinovac, parceira do Butantan no desenvolvimento da vacina CoronaVac, já corria para trabalhar na produção de vacinas para a proteção da população focando em quatro aspectos: segurança, qualidade, capacidade para manter a cadeia de suprimentos e eficiência na produção. 

Durante o CoronaVac Symposium, a vice-presidente da Sinovac, Yaling Hu, explicou sobre o processo de desenvolvimento do imunizante, que é fabricado com a inativação do SARS-CoV-2. Vários pontos foram considerados, como a identificação clara da origem das cepas, confirmação da ausência de microrganismos ou agentes contaminantes exógenos, características de crescimento estáveis das cepas, imunogenicidade satisfatória e uma robusta reatividade de anti-soro em relação às cepas prevalentes. 

"Tivemos resultados rápidos graças ao acúmulo de experiência no desenvolvimento de vacinas inativadas nos últimos 20 anos", salientou Yaling Hu, que é responsável pelas operações de pesquisa e desenvolvimento da farmacêutica chinesa.

O processo de manufatura inclui plataformas de tecnologia, que alavancam descobertas, processos eficazes e rápidos para as estratégias adotadas na produção e capacidade para maximizar e adaptar processos para produção em larga escala – como substituição e adição de matérias-primas. Para o cultivo dos vírus, três biorreatores foram utilizados para coletar em um único lote seis milhões de doses. 

“Nós tentamos fazer o máximo possível para encurtar o processo e melhorar a capacidade de processamento, garantindo que a capacidade de produção comercial fosse atingida. Todos os passos podem ser garantidos em 24 horas, com a pureza do vírus em mais de 99%”, afirmou Yaling Hu. Com a tecnologia de vacinas de vírus inativados, a capacidade de produção foi aumentada em 100 vezes na comparação com outras vacinas convencionais.

 

Variante ômicron

Agora, a parceira do Butantan trabalha na adaptação da CoronaVac para combater a nova variante ômicron. De acordo com a vice-presidente da Sinovac, o primeiro passo é isolar a nova cepa do vírus e fazer um teste de anticorpos neutralizes. Depois, serão feitas avaliações e estudos clínicos em diferentes faixas etárias. A previsão é que a pesquisa seja concluída em três meses.

Ao finalizar sua fala, Yaling Hu agradeceu aos parceiros da Sinovac no desenvolvimento da vacina que, além do Butantan, inclui 25 laboratórios e institutos de pesquisa chineses e estrangeiros, cinco hospitais e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China.

 

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