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7 motivos para visitar a nova Biblioteca do Butantan

Salas para pesquisa e estudo, local para leitura infantojuvenil, exposições que contam a história do edifício, consulta ao acervo centenário e até point instagramável! Confira os destaques do novo espaço científico-cultural, aberto ao público a partir de 2/5


Publicado em: 25/04/2023

No Butantan, o conhecimento ocupa lugar de destaque. Não à toa, sua Biblioteca centenária localiza-se no famoso Edifício Vital Brazil. A construção, que foi inaugurada em 1914 e hoje leva o nome do médico sanitarista fundador do instituto, se encontra em um dos pontos mais altos dos 725 mil m² que formam o Parque da Ciência e é um dos principais símbolos do instituto.

 

De portas abertas: a partir de 2/5 já será possível visitar o novíssimo espaço

 

Combinada ao processo de restauração do prédio, a Biblioteca passou por um processo de ampliação e reformulação que durou cerca de dois anos. Antes restrito à comunidade de alunos e pesquisadores, o espaço ganhou status de equipamento cultural e científico e receberá os visitantes do Parque da Ciência. No dia 28/4 o espaço será reinaugurado para o público interno e convidados especiais e, a partir de 2/5, também estará aberta para todos.

Curioso para saber o que você pode encontrar nesse novíssimo espaço? Reunimos os melhores motivos para você programar já sua visita. Confira:

 

1. Arquitetura única

Tombado em 1981 pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT), o edifício é o cartão-postal do Butantan. Idealizado pelo arquiteto e engenheiro Mauro Álvaro de Souza Camargo, sob os direcionamentos do próprio Vital Brazil, e inaugurado em 1914, é um dos únicos exemplares representantes da Art Nouveau na cidade de São Paulo – o movimento, que marcou o final do século XIX e início do XX, propôs uma renovação nas artes. Na fachada imponente, ganham destaque as grandes portas e janelas, sendo essas últimas gravadas com o logotipo do instituto. Internamente, chamam atenção o piso composto por ladrilhos hidráulicos trazidos da Alemanha e o alto pé-direito.

 

2. Pinturas originais

Durante o processo de restauração do prédio, a retirada de forros e a remoção das camadas de tinta revelaram pinturas originais que decoravam as instalações internas do edifício quando ele foi inaugurado. As imagens homenageiam sanitaristas mundiais célebres, como Robert Koch, descobridor do bacilo da tuberculose, Louis Pasteur, criador da vacina antirrábica, Edward Jenner, que desenvolveu a vacina contra a varíola, e Minerva, deusa romana da sabedoria e das artes.

 

3. Salas temáticas

Separadas por níveis de ruído, a Biblioteca oferece opções para os estudantes e pesquisadores que buscam silêncio e concentração, assim como ambientes com mobiliário flexível, que favorecem o estudo individual ou o compartilhamento de ideias e discussões em grupo. Também há espaços especiais para a realização de cursos, treinamentos e oficinas. Outra novidade é o chamado Espaço Maker, que está sendo planejado para oferecer atividades práticas, por meio de jogos e outras ações educativas mediadas por bibliotecários, pesquisadores e educadores. No futuro, o ambiente contará com impressora 3D e cortadores a laser.

 

4. Exposição permanente das coleções especiais do acervo

A Biblioteca também reúne um acervo especial, constituído por cerca de 4.500 obras relacionadas a venenos, herpetologia, artrópodes, biodiversidade, saúde pública, medicina, soros e vacinas, biologia, farmacologia, imunologia e patologia. Entre os títulos, destaque para a versão em francês do clássico A Origem das Espécies, do século XIX, do naturalista britânico Charles Darwin (1809-1882); a tese defendida por Vital Brazil (1865-1950), em 1891, sobre as funções do baço; e as edições do periódico Memórias do Instituto Butantan, encadernados com pele de serpente na antiga gráfica da Biblioteca. As obras especiais estão reunidas na sala Sala Koch, que homenageia o médico, patologista e bacteriologista alemão.

 

5. Exposições temporárias

A Sala Cesário Motta, uma das mais tradicionais da Biblioteca e que reúne as pinturas descobertas durante o processo de revitalização do prédio, abrigará exibições temporárias para divulgação da ciência. A primeira delas é a Caminhos da Ciência: encontros de Vital Brazil e Emílio Ribas, que vai celebrar o aniversário dos dois cientistas nascidos em abril e que tanto fizeram pela saúde pública brasileira. A exposição reúne objetos pessoais, documentos, livros e outras peças dos acervos da Biblioteca, do Museu de Saúde Pública Emílio Ribas (MUSPER) e do Centro de Memória. 

 

6. Espaço de leitura infantojuvenil

Localizado no subsolo do prédio, o ambiente lúdico e que lembra uma floresta reúne diversas salas, sendo pensado para despertar o interesse das crianças e adolescentes pela leitura. O espaço foi implementado em parceria com a Fundação Bunge, responsável pelo projeto Semear Leitores. Além do acervo de literatura, o espaço reúne títulos especiais para incentivar o contato das crianças com a ciência por meio dos livros, facilitado por mediadores. 

 

7. Cenário instagramável

A Sala Paul Erich, biólogo bacteriologista alemão e ganhador do Prêmio Nobel de Fisiologia de 1908, conserva o mobiliário original da época, com uma estante em madeira que ocupa toda a parede e tem prateleiras repletas de livros. Completa o cenário a clássica escada, utilizada pela equipe e pelos usuários da Biblioteca do Butantan de antigamente para alcançar os livros localizados nas partes mais altas do móvel. Os “ratinhos de biblioteca” não podem deixar de registrar! Vale ressaltar que os títulos expostos nesta sala podem ser consultados no local. 

 

Serviço Biblioteca do Butantan

Horário para visitação: de terça a sexta, das 9h às 16h45 

Horário do Espaço Semear Leitores: de terça a sexta, 12h30 às 16h30

Contato: biblioteca.atendimento@butantan.gov.br

 

Reportagem: Natasha Pinelli

Fotos: Mateus Serrer, Renato Rodrigues/Comunicação Butantan