O novo rei do Reino Unido, Charles III, que tomou posse em setembro após o falecimento da Rainha Elizabeth II, já esteve em terras brasileiras e conheceu de perto a extensa coleção de serpentes do Instituto Butantan. Registros de 1978 mostram o então príncipe caminhando pelo corredor de cobras junto a lideranças políticas de São Paulo da época, ao então diretor do Butantan e a herpetólogos que atuavam no instituto.
Um dos anfitriões de Charles foi o professor Henrique Moisés Canter, que dirigiu o Museu Biológico e dedicou mais de 50 anos ao Butantan. Suas filhas se lembram do pai chegando em casa para almoçar e contando sobre ter passado a manhã atendendo o príncipe naquela sexta-feira, 10 de março de 1978. Canter se impressionou com o interesse e a curiosidade de Charles pelas serpentes e as várias perguntas que ele fez durante a visita. A estadia do príncipe no Brasil durou 10 dias e, além da passagem pelo Butantan, teve samba, competição de polo e até uma noite na boate.
Charles foi recebido pelo então diretor do Butantan, Fauze Carlos; pelo ex-governador de São Paulo Paulo Edydio Martins; e por Alphonse Richard Hoge, herpetólogo que atuou no Butantan entre 1946 e 1982. Também participaram da visita o ex-embaixador britânico Norman Stathan; o ex-prefeito de São Paulo Olavo Setúbal; e o ex-secretário estadual da Saúde de São Paulo Walter Leser.
Laboratório avançado do Butantan recebeu ex-primeira-ministra britânica
Mais recentemente, em 2018, outra personalidade britânica esteve no Butantan: a ex-primeira-ministra Elizabeth Truss, que na época era ministra-chefe da Fazenda. Ela veio ao Brasil para conhecer o recém-inaugurado Centro de Excelência para Descoberta de Novos Alvos Moleculares (CENTD), um dos centros de pesquisa aplicada da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), fruto de uma parceria entre o instituto e a empresa de saúde britânica GSK. A visita foi intermediada pelo Consulado Britânico em São Paulo, que tem um histórico de parceria com o Butantan de longa data.
Elizabeth foi recebida pelo diretor da Fundação Butantan, Rui Curi; pela diretora de Inovação do instituto e coordenadora do CENTD, Ana Marisa Chudzinski-Tavassi; e pelas pesquisadoras principais do centro Denise Tambourgi, Olga Célia Martinez Ibañes, Catarina de Fátima Teixeira, Irina Kerkis e Vanessa Zambelli.
Ana Marisa fez uma apresentação para a ex-ministra sobre o trabalho inovador desenvolvido no CENTD, plataforma com laboratórios avançados que busca identificar e validar alvos moleculares envolvidos em doenças inflamatórias, visando o desenvolvimento de novos fármacos. Desde o seu lançamento, o CENTD publicou trabalhos científicos em revistas conceituadas, depositou patentes no Brasil e no exterior, e promoveu ações de difusão científica, inovação e empreendedorismo.
A comitiva da ex-ministra foi composta pela ex-cônsul-geral britânica em São Paulo Joanna Crellin; o ex-vice-diretor de Ciência e Inovação do Consulado Britânico em São Paulo Rui Lopes; o ex-consultor especial da ministra para Empreendimentos e Crescimento Philip Duffy; o assessor de imprensa Jason Stein; e a sua secretária pessoal na época, Helena Bennett.