A principal conclusão é que o uso da dose de reforço da CoronaVac traz resultados muito semelhantes aos das demais vacinas, aumentando de forma considerável os níveis de eficácia contra a Covid-19 sintomática. Em relação à proteção contra casos em geral, a vacina da Pfizer-BioNTech aumentou o indicador de 56% para 90%, e a da AstraZeneca, de 56% para 93%. Já contra hospitalizações, a Pfizer-BioNTech causou um aumento de 84% para 87% na proteção, e a AstraZeneca, de 84% para 96,3%.
O estudo incluiu 4.785.749 pessoas imunizadas com o esquema completo de duas doses da CoronaVac, das quais 2.017.878 receberam a dose de reforço a partir de 11 de agosto. Destes, 1.506.154 tomaram a dose de reforço da AstraZeneca, 371.592 receberam a dose de reforço da Pfizer e 140.132, da CoronaVac. Todos os participantes são maiores de 16 anos, sem histórico de infecção por SARS-CoV-2.
De acordo com o infectologista e assessor do Ministério da Saúde do Chile Rafael Araos, o estudo revela que a decisão de aplicar a dose adicional para prevenir a Covid-19 foi acertada. "As três vacinas que usamos como reforço em pessoas que foram vacinadas com a CoronaVac têm um efeito superpoderoso", afirmou o médico. "Os resultados são robustos e sugerem que o efeito da dose de reforço, com qualquer vacina, é altamente eficaz na prevenção da Covid-19 e hospitalizações."
Segundo dados oficiais, cerca de 15,2 milhões de chilenos (89% da população) já estão totalmente imunizados contra o SARS-CoV-2, e mais de 3,6 milhões de pessoas receberam a dose de reforço.
*Este texto é uma colaboração do jornalista científico Peter Moon para o portal do Butantan
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