Portal do Butantan

CoronaVac é a vacina contra Covid-19 que causa menos efeitos adversos em gestantes e puérperas, diz estudo


Publicado em: 22/12/2021

A CoronaVac, vacina do Butantan com a farmacêutica chinesa Sinovac, demonstrou ser o imunizante contra Covid-19 que causa menos eventos adversos em grávidas e puérperas, entre todas as vacinas contra o novo coronavírus administradas no Brasil. Este é o resultado de um estudo realizado por pesquisadores da Sinovac e da consultoria de saúde IQVIA Brasil publicado na plataforma de preprints medRxiv na semana passada. 

A pesquisa descreveu o perfil de segurança das vacinas contra Covid-19 em gestantes e puérperas no estágio inicial da campanha de vacinação contra o novo coronavírus no Brasil.

Entre os 3.333 eventos adversos notificados entre gestantes e puérperas que receberam quatro tipos de imunizantes contra a Covid-19 entre abril e agosto, 473 tomaram CoronaVac, 788 a vacina Comirnaty, da Pfizer/BioNTech, e 2.016 a vacina da AstraZeneca/Oxford. Entre as que tomaram a vacina de dose única da Janssen, com menor distribuição no Brasil, houve 56 relatos de eventos adversos, segundo o estudo.

 

A incidência de eventos adversos foi, em média, de 309,4 a cada 100 mil doses. E a CoronaVac foi a vacina que apresentou a menor incidência, com 74,08 casos a cada 100 mil doses, muito abaixo do resultado das demais vacinas: Pfizer (118,11 em 100 mil); Janssen (1.080,69 em 100 mil); Astrazeneca/Oxford (2.616,34 em 100 mil).

Os eventos adversos relacionados à gestação mais notificados por gestantes e puérperas incluíram aborto espontâneo (2,37%), sangramento gestacional (0,76%) e óbito neonatal (0,52%). 

Entre os eventos adversos não relacionados à gestação, foram notificados casos de cefaleia (18,54%), febre (13,79%), mialgia (10,30%) e dor (7,60%) pós-vacinação. Estes eventos adversos foram semelhantes entre as que tomaram as quatro vacinas, com exceção da dor, que foi menos relatada entre aquelas que receberam a CoronaVac, apontou o estudo.

*Este texto é uma colaboração do jornalista científico Peter Moon para o portal do Butantan