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CoronaVac tem efetividade superior a 70% em idosos na Colômbia, mostra estudo

Dados de dois milhões de pessoas mostraram que menos de 1% dos vacinados precisou ser hospitalizado ou foi a óbito


Publicado em: 30/03/2022

Um estudo de mundo real conduzido na Colômbia mostrou uma efetividade acima de 70% da CoronaVac para prevenir Covid-19 em idosos no país. Segundo o artigo, menos de 1% dos maiores de 60 anos imunizados com a vacina do Butantan e da Sinovac morreu pela doença. Publicada na The Lancet Healthy Longevity, a pesquisa foi conduzida pelo Ministério da Saúde e Proteção Social da Colômbia e pelas universidades do Norte e de Antioquia.

Os pesquisadores analisaram dados de 2.828.294 de pessoas com mais de 60 anos entre março e outubro de 2021, sendo que metade havia sido vacinada contra o SARS-CoV-2 e a outra não. Como a CoronaVac foi a primeira vacina aprovada para essa população, ela também foi o imunizante mais aplicado (683.284 participantes do estudo), seguido da AstraZeneca (265.730), Pfizer (400.136) e Janssen (64.997).

Os resultados apontaram uma efetividade de 72,1% da CoronaVac contra óbitos na população maior de 60 anos. Menos de 1% dos idosos vacinados com o imunizante do Butantan morreram ou precisaram ser hospitalizados devido à Covid-19. A efetividade geral de todas as vacinas nos idosos foi de 61,6% contra hospitalizações e 79,8% contra mortes.

Em todos os imunizantes estudados, a efetividade para prevenir morte foi 22,6% mais baixa em idosos mais velhos, acima de 80 anos. Isso ocorre não porque as vacinas não funcionam, mas devido ao próprio envelhecimento que reduz as funções imunológicas naturalmente.

“Nossos achados mostram a necessidade de estratégias adicionais de prevenção para a população idosa. Já foi constatado que uma dose de reforço aumenta a resposta imune e, portanto, representa uma potencial solução para a proteção reduzida das vacinas em indivíduos mais velhos”, apontam os autores da pesquisa.