Nove meses depois da segunda dose, a taxa de produção de anticorpos neutralizantes estava em 2,44%. Vale ressaltar que essa é uma condição comum a todas as vacinas contra a Covid-19, e está relacionada à dinâmica do SARS-CoV-2. Com a terceira dose, a soroconversão atingiu 100% em duas semanas, mantendo-se constante por mais dois meses, e então começou a diminuir lentamente, caindo para 80,49% em seis meses.

Para os anticorpos totais anti-RBD, a taxa de soroconversão estava em 39,02% após nove meses da segunda dose, atingindo o pico de 100% uma semana após a terceira dose e mantendo-se assim por seis meses. A resposta de anticorpos IgG anti-Spike após a dose de reforço foi semelhante.

“Os níveis de anticorpos neutralizantes são altamente preditivos de proteção imunológica. A importância dessas observações é que anticorpos neutralizantes em vacinados podem persistir, embora com uma taxa relativamente baixa de decaimento, e podem atuar como a primeira linha de defesa contra futuras infecções pela ômicron ou variantes futuras”, afirmam os autores da pesquisa.

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*Este texto é uma colaboração do jornalista científico Peter Moon para o portal do Butantan