Até dezembro de 2021, Hong Kong se destacou no controle da pandemia devido ao isolamento social restritivo imposto pelo governo. Mas, no início de janeiro de 2022, explodiu na cidade o surto da sublinhagem BA.2 da ômicron, que acabou resultando em 741 mil casos de Covid-19 e 8.875 casos graves ou mortes.

Até meados de abril de 2022, 61% da população com idade entre 40 e 59 anos haviam tomado três doses da vacina. Esse percentual foi de 39% na faixa entre 70 e 79 anos e de 15% entre os idosos com 80 anos ou mais.

A administração de duas doses da CoronaVac mostrou uma eficácia de 91,7% para evitar casos severos de Covid-19 em adultos entre 20 e 59 anos. Já entre os idosos com 60 a 69 anos a eficácia de duas doses chegou a 79,3%, e 74,3% entre 70 e 79 anos.

No caso da dose de reforço, os resultados foram ainda melhores. “Estimamos que três doses ofereceram proteção muito alta contra doença grave (97,9%) e óbito (98,6%) em todas as faixas etárias”, dizem os autores do estudo.

Especificamente entre os idosos, três doses da CoronaVac mostraram uma eficiência para evitar casos graves e mortes de 97,4%, 95,4% e 97,3%, nas faixas dos 60 aos 69 anos, dos 70 aos 79 anos, e de 80 anos ou mais, respectivamente.

Este texto é uma colaboração do jornalista científico Peter Moon para o portal do Butantan