Ele é magrelo e parece um graveto. Se camufla entre as folhas para fugir dos inimigos. Seu disfarce é tão bom que ele se confunde com o bicho-pau, que também se parece com um galho de árvore. Ele é o falso bicho-pau, um gafanhoto da ordem Orthoptera, da família Proscopiidae e do gênero Cephalocoema sp*. Tantos nomes assim existem justamente para diferenciá-lo do famoso bicho-pau, este um inseto da ordem conhecida como Phasmatodea.
O falso bicho-pau (Cephalocoema sp) lembra muito o próprio bicho-pau, com algumas pequenas diferenças, como uma cabeça mais alongada e pontuda, antenas curtas, corpo alongado fino e um pouco menor, embora também bem semelhante a um galho ou ramo seco, e pernas muito finas, tudo de cor amarronzada.
Essa aparência de graveto é que permite que ele se “camufle” entre as folhas e galhos das árvores para evitar predadores. Ao se sentir ameaçado, ele permanece parado e pronto: fica igualzinho aos outros galhos e passa despercebido. As fêmeas são bem maiores do que os machos e um bom observador pode encontrar um deles entre os galhos de árvores.
Assim como “seu primo”, o falso bicho-pau é herbívoro, ou seja, se alimenta de folhas, e, por isso, é considerado inofensivo aos humanos. Já outros gafanhotos da mesma família são considerados pragas urbanas por atacar lavouras. Nesta família, há 80 espécies descritas, todas da América do Sul.
FALSO BICHO-PAU
Espécie: gafanhoto da ordem Orthoptera, da família Proscopiidae e do gênero Cephalocoema sp. Tem esse nome por parecer o bicho-pau, que se assemelha a um graveto.
Onde habita: América do Sul, onde vive entre galhos de árvores e folhagens.
Características físicas: corpo fino e alongado, três pares de pernas, par de antenas curtas, cor marrom
Alimentação: come folhas (herbívoro)
Curiosidade: ele se camufla entre galhos para fugir de predadores; fêmeas são maiores que machos
*Fotografia de Pedro Cattony, tecnologista no Laboratório Estratégico de Diagnóstico Molecular do Instituto Butantan, em parceria com os fotógrafos Guilherme Correia e Paulo César, que fizeram o registro no Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo