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Por que nem todas as vacinas podem ser em gotinhas?

Na maioria dos casos, as vacinas de gotinhas são recomendadas apenas para enfermidades contraídas via oral


Publicado em: 15/01/2021

Todo mundo tem uma recordação de quando era pequeno e tomou uma vacina em gotas, como a da poliomielite. Seria bem mais simples se algumas gotinhas fossem suficientes para nos proteger contra todas as doenças, certo? 

Mas, na maioria dos casos, as gotinhas são recomendadas apenas para enfermidades contraídas por via oral, com a ingestão de água ou alimentos contaminados, por exemplo. Para doenças transmitidas pelo ar, a melhor opção é a injeção.

Uma importante diferença entre os dois tipos é que o imunizante oral é feito com vírus atenuados, ou seja, enfraquecidos em laboratório para perderem o poder de nos fazer mal. Quando eles entram no corpo, se reproduzem e geram uma resposta imunológica do organismo, assim como o vírus que causaria a doença.

Já a vacina injetável pode usar o vírus inativado. Isso significa que ele está morto e é incapaz de se reproduzir dentro de nós. Se ele fosse ingerido, em vez de injetado, poderia ir embora nas fezes e não seria eficaz.