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Molécula modificada de merluza pode combater Alzheimer, mostra estudo do Butantan e da USF

Peptídeo inibiu enzima responsável por causar a doença e se mostrou seguro em testes em animais


Publicado em: 08/11/2023

Uma parceria entre o Instituto Butantan e a Universidade São Francisco (USF) resultou no desenvolvimento de um peptídeo que pode se tornar um aliado no tratamento do Alzheimer, conforme estudo publicado na Frontiers in Pharmacology. Modificada em laboratório a partir de uma proteína encontrada na merluza (Merluccius productus), a molécula inibiu a principal enzima que causa a doença, a BACE-1. O Alzheimer representa 70% dos casos de demência no mundo, com 40 milhões pessoas acometidas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A demência é a sétima principal causa de morte.

Um dos diferenciais do peptídeo é que ele foi capaz de chegar ao cérebro de modelos animais. Nos testes in vitro com neurônios afetados pelo Alzheimer, a substância bloqueou a atividade da enzima BACE-1. “Com isso, o peptídeo reduziu a quantidade de beta-amiloides, proteínas tóxicas re