CoronaVac tem proteção aumentada em pessoas com doenças reumáticas que praticam atividade física
Imunossuprimidos vacinados com CoronaVac que praticam atividades físicas aumentam e mantêm níveis de anticorpos contra Covid-19; pesquisa contou com mais de mil voluntários com doenças reumáticas autoimunes
Publicado em:
04/01/2022
Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo concluíram que a prática de atividades físicas pode aumentar e manter por mais tempo os anticorpos contra a Covid-19 em imunossuprimidos que receberam a CoronaVac, vacina do Butantan e da farmacêutica chinesa Sinovac. O artigo Physical Activity Associates with Greater Antibody Persistence through 6 Months after the Second Dose of CoronaVac in Patients with Autoimmune Rheumatic Diseases, foi publicado na última sexta (28) na plataforma de preprints Research Square.
Os pesquisadores analisaram o perfil de atividades físicas de mais de mil pacientes com doenças reumáticas autoimunes para verificar se o nível de exercício teria influência na imunogenicidade da CoronaVac, ou seja, nos anticorpos anti-SARS-CoV-2 persistentes seis meses após o esquema de vacinação completo com duas doses.
De acordo com os estudiosos, o nível de atividade física ajuda no processo de defesa do sistema imunológico, melhorando a proteção da vacina contra o novo coronavírus. Seis meses após a vacinação, pacientes do sexo masculino e que usavam prednisona e produtos biológicos foram associados à baixa imunogenicidade, enquanto pacientes fisicamente ativos mostraram associação com uma melhor resposta humoral.
O benefício foi observado em pessoas que haviam feito atividades físicas por pelo menos duas horas e meia por semana e não ficavam mais de oito horas por dia sentadas ou deitadas.
“Em conclusão, entre os pacientes com doenças reumáticas autoimunes, ser fisicamente ativo foi associado a um aumento na persistência de anticorpos ao longo de 6 meses após um esquema completo de duas doses de vacina de SARS-CoV-2 inativado”, resumem os pesquisadores.
*Este texto é uma colaboração do jornalista científico Peter Moon para o portal do Butantan
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