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Inscrições abertas para a XX Olimpíada Brasileira de Biologia: professores do Ensino Médio já podem inscrever seus alunos

Além dos prêmios e da possibilidade de participar de olimpíadas internacionais, medalhistas poderão concorrer a vagas olímpicas em universidades públicas


Publicado em: 05/02/2024

Professores de escolas públicas e privadas já podem inscrever seus alunos do Ensino Médio na XX Olimpíada Brasileira de Biologia (OBB), que é organizada pelo Instituto Butantan desde 2017. As candidaturas poderão ser realizadas até as 23h59 do dia 7/3 (horário de Brasília) e devem ser feitas no site oficial da competição. A olimpíada, que em 2023 contou com 152 mil participantes de todo o país, busca capacitar jovens com aptidão à biologia e aproximá-los da pesquisa científica. 

Diferente da edição do ano passado, que teve como tema "Desafios socioambientais na erradicação de doenças: edição vacinas”, as provas da XX OBB não serão norteadas por um determinado assunto. Os conteúdos programáticos que serão abordados já estão disponíveis no site e mais informações sobre prazos e regras podem ser encontradas na seção Regulamento e Inscrição. “O professor é a grande força motriz do processo. Ele inscreve a escola, cadastra todos os seus estudantes e os prepara”, destaca a pesquisadora científica do Instituto e coordenadora da OBB, Sonia de Andrade Chudzinski. 

Os estudantes que melhor pontuarem na última fase da competição receberão certificados de ouro (25 estudantes), prata (50 estudantes) e bronze (100 estudantes). Os que acertarem pelo menos 50% da prova na última fase receberão um certificado de honra ao mérito. Há também o Certificado de Menina da Biologia para a estudante melhor classificada e o Certificado de Melhor Estudante de Escola Pública.

 

A coordenadora da OBB, Sonia de Andrade Chudzinski (ao centro), com os medalhistas

 

Após a OBB, os medalhistas de ouro participarão de uma capacitação presencial no Instituto Butantan. Uma nova seleção escolherá os quatro melhores, que representarão o Brasil na 35ª Olimpíada Internacional de Biologia (IBO), que acontece no Cazaquistão; os estudantes que ficarem entre a 5ª e a 8ª colocação poderão participar da 17ª Olimpíada Ibero-americana de Biologia (OIAB), em Cuba. “A ideia é preparar esses meninos e meninas com o que temos aqui, já que muitos infelizmente nunca entraram em um laboratório ou teve experiência prática em ciência”, conta Sonia.

Além da chance de participar de olimpíadas internacionais, os medalhistas poderão utilizar a classificação na OBB para ingressar na universidade. Instituições como a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (Unesp), Universidade Federal de Itajubá (Unifei), Universidade Federal do ABC (UFABC) e Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) são algumas das que dispõem de vagas exclusivas para medalhistas em olimpíadas de conhecimento. Os critérios de admissão dependem de cada instituição e da medalha obtida.

Sonia: "A última fase é uma prova criptografada que não pode ser feita em celular"

 

Como vai funcionar a prova em 2024?

A olimpíada é dividida em três etapas e realizada em formato híbrido, instituído em 2023. Dessa forma, a aplicação das duas primeiras avaliações, prova 1 e prova 2A, pode ser feita online ou presencial, na própria escola – a escolha é do professor. Já a terceira etapa, a aplicação da prova 2B, é obrigatoriamente digital por meio da plataforma de dados francesa TestWe, o que garante a lisura e o sistema antifraude da competição.

O primeiro teste, que tem duração máxima de duas horas, é composto por 30 questões de múltipla escolha. O estudante precisa ter uma nota igual ou superior à nota de corte para avançar para a etapa seguinte, a 2A, em que o desafio são 50 questões. Quem for selecionado avança para a fase 2B, com outras 30 questões aplicadas no sistema online.

Medalhistas de ouro participarão de capacitação presencial no Instituto Butantan

 

“A última fase é uma prova criptografada que não pode ser feita em celular, somente em computador que tenha sistema de câmera e captação de áudio. A prova fica bloqueada até a liberação da senha, que só é fornecida dois minutos antes da aplicação do teste”, relata Sonia. 

Para se preparar para a OBB, os estudantes contam com cartilhas de conteúdo específico e vídeos didáticos produzidos pelo setor de Comunicação e pela Escola Superior do Instituto Butantan (ESIB), apoiadora da competição. “De 2021 para cá temos publicado também os gabaritos definitivos com comentários, que são um material bem rico e diferenciado. Está gratuito e disponível para os estudos”, reforça a pesquisadora.

Ainda que a escola receba a prova e o gabarito antes da aplicação, seu conteúdo é sigiloso e não deve ser publicado antes da divulgação oficial pela OBB. A violação desse acordo pode culminar em medidas legais contra a escola envolvida.

Nova seleção escolherá os quatro melhores, que representarão o Brasil na 35ª Olimpíada Internacional de Biologia no Cazaquistão 

 

Reportagem: Guilherme Castro

Fotos: André Ricoy / Comunicação Butantan