Inicialmente, essa parte da pesquisa seria realizada comparando três grupos de pessoas vacinadas e um grupo controle que tomaria placebo (substâncias sem nenhum princípio ativo). O Butantan pediu que, ao invés de placebo, o grupo controle receba a vacina CoronaVac, imunizante do instituto feito em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. Assim, os voluntários da etapa A do estudo receberão a vacina em teste, a ButanVac, ou a vacina de comparação, a CoronaVac, e não haverá placebo envolvido.
O estudo clínico da ButanVac é diferente dos ensaios clínicos clássicos realizados com os demais imunizantes contra a Covid-19 que já estão em uso, pois nele será feita uma pesquisa de comparabilidade de resposta imune. As fases 1 e 2 são divididas nas etapas A, B e C e envolverão, no total, seis mil voluntários com mais de 18 anos. Todo o estudo acontecerá no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) e no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCFMRP).
A ButanVac será produzida totalmente em solo brasileiro, com uma técnica já usada na fabricação da vacina da gripe, a inoculação do vírus em ovos embrionados de galinhas. É uma tecnologia barata, o que agilizará a produção do imunizante no Brasil e em países em desenvolvimento, que sofrem com a falta de vacinas contra a Covid-19. Se for comprovado a segurança e efetividade nos testes clínicos, a ButanVac tem potencial de elevar em mais de 1 bilhão por ano a atual oferta de imunizantes contra o SARS-CoV-2.
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