CoronaVac é 69% eficaz contra internação por Covid-19 de crianças de 3 a 5 anos, diz estudo chileno feito durante surto de ômicron
Pesquisa feita com 500 mil crianças mostrou ainda que imunizante confere proteção de 64,6% contra hospitalizações
Publicado em:
17/03/2022
Uma pesquisa realizada com 500 mil crianças que tomaram a CoronaVac durante o surto de ômicron no Chile demonstrou que a vacina do Butantan e da Sinovac tem eficácia de 69% contra internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), 64,6% contra hospitalização pela Covid-19 e 38,2% contra a infecção.
O grupo de estudo incluiu 516.250 crianças de três a cinco anos filiadas ao Fundo Nacional de Saúde (FONASA), o sistema público de saúde do Chile. Destas, 490.694 receberam a CoronaVac e as demais do grupo controle não receberam vacina. Foram excluídas do estudo crianças com teste positivo para Covid-19.
As crianças tomaram duas doses da CoronaVac, com 28 dias de intervalo entre elas, entre 6/12/21 e 26/2/22, durante a campanha de imunização contra Covid-19 do país. Segundo a pesquisa, “as estimativas fornecem evidências da eficácia da vacinação em crianças de três a cinco anos durante o surto de ômicron no Chile”.
Os pesquisadores lembram estimativas preliminares recentes da eficácia da vacinação de duas doses de CoronaVac em crianças de seis a 16 anos, em um período em que delta era a variante circulante predominante de SARS-CoV-2.
“Enquanto as estimativas não são diretamente comparáveis, a menor eficácia estimada da vacina pode ser devido à ômicron ou porque a coorte incluiu crianças mais novas”, descreveram os pesquisadores.
Os estudiosos reiteram que pesquisas recentes sugerem que as vacinas podem ser menos eficazes contra a ômicron e que estudos observacionais têm limitações. “Não temos dados para avaliar se crianças vacinadas e não vacinadas ou seus cuidadores diferem em algumas características não observáveis, como o cumprimento dos protocolos contra a Covid-19. Outra limitação em nosso estudo diz respeito às capacidades de vigilância genômica. A estratégia do Ministério da Saúde concentrou-se na detecção de variantes de preocupação por meio da vigilância do viajante e da comunidade, mas usa amostragem não probabilística”, descreveu o estudo.
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