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Iaiá-de-cintura, o besouro que vive enterrado em Minas Gerais e na Bahia

Inseto tem patas adaptadas para cavar, mede até 8 centímetros e sai da terra uma vez por ano para se reproduzir


Publicado em: 05/05/2022

Conhecido como “iaiá-de-cintura”, “carocha” ou “vaqueiro”, este inseto faz parte da família dos besouros e adora viver enterrado acompanhado de suas larvas. Ele só sai da “toca” uma vez por ano durante a época de chuvas para se reproduzir e, quando é visto, está caminhando pelo solo. O ato de viver no mundo subterrâneo é, também, uma proteção contra predadores.

De nome científico Hypocephalus armatus, ele mede entre seis e oito centímetros, tem variação de cor entre preto e marrom, antenas curtinhas e patas adaptadas para cavar a terra. Estudos indicam que sua alimentação é composta por raízes e matéria orgânica vegetal em decomposição.

O iaiá-de-cintura só é encontrado no norte de Minas Gerais e no sul da Bahia, onde faz parte da cultura popular. Em Minas ele é capturado e amarrado a fitas coloridas em grutas, e usado como brinquedo para bebês e decoração para berços. Já em certas regiões da Bahia é comum vê-lo como enfeite de presépios e adereço de árvores de Natal.

IAIÁ-DE-CINTURA, CAROCHA OU VAQUEIRO

Espécie: besouro da ordem Coleoptera, da família Vesperidae e do gênero Hypocephalus armatus.

Onde habita: norte de Minas Gerais e sul da Bahia.

Características físicas: corpo com seis a oito centímetros, de cor preta ou marrom, antenas curtas e patas adaptadas para cavar a terra.

Alimentação: raízes e matéria orgânica em decomposição.

Curiosidade: é utilizado como brinquedo para bebês e enfeite de Natal.

 

*Fotografia de Pedro Cattony, tecnologista no Laboratório Estratégico de Diagnóstico Molecular do Instituto Butantan, em parceria com os fotógrafos Guilherme Correia e Paulo César, que fizeram o registro no Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo