Um estudo chinês comprovou a eficácia e segurança da CoronaVac para pessoas com doença arterial coronariana, doenças respiratórias crônicas, diabetes, obesidade, câncer e hipertensão, entre outras comorbidades. Os resultados foram apresentados pelo professor e pesquisador chinês Zijie Zhang, da Universidade Yunnan, na China, durante o terceiro dia do CoronaVac Symposium.
A pesquisa avaliou a titulação de anticorpos neutralizantes, a taxa de soroconversão e as reações adversas após a aplicação da segunda dose da CoronaVac. Os participantes tinham entre 40 e 91 anos e foram separados em dois grupos: um de pacientes com comorbidade e outro com pessoas saudáveis.
Os resultados mostraram diferenças pequenas nas taxas de imunogenicidade entre os grupos. Pacientes com câncer e obesidade com idades entre 40 e 59 anos, por exemplo, mostraram uma alta taxa de anticorpos. Já os pacientes com doenças respiratórias e diabetes exibiram a taxa de resposta imune um pouco mais baixa.
“Os resultados sugerem que doenças crônicas podem influenciar a resposta imune de uma forma que é independente da idade, mas é importante notar que essas diferenças são bastante pequenas e não contribuem para o resultado clínico”, disse o pesquisador.
Sobre os eventos adversos, Zhang explicou que os dados foram coletados duas semanas após a aplicação da segunda dose. Foram 17 relatos de reações, mas nenhuma delas considerada grave. Dor no local da aplicação e fadiga foram os sintomas mais citados.
“As reações adversas com CoronaVac em pacientes com doenças crônicas estudados não têm diferença estatística comparada ao grupo de controle com pessoas saudáveis. Não encontramos diferença significativa entre imunogenicidade e segurança entre os grupos de controle saudável e os seis tipos de doenças crônicas que nós estudamos”, concluiu o pesquisador.
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