Estudo britânico confirma risco baixo de infecção grave e morte por Covid-19 em crianças
Publicado em:
14/07/2021
O risco de crianças desenvolverem a forma grave da Covid-19 ou morrerem em decorrência da doença é extremamente baixo, segundo um novo estudo britânico publicado na plataforma de preprints Research Square. Durante o primeiro ano da pandemia de Covid-19 no Reino Unido, entre março de 2020 e fevereiro de 2021, 25 crianças morreram devido à infecção por SARS-CoV-2.
Os pesquisadores analisaram dados de saúde pública da Inglaterra e descobriram que cerca de 15 menores de idade que morreram de Covid-19 já tinham problemas de saúde pré-existentes e 13 deles sofriam de neurodeficiências consideradas graves.
Apenas seis crianças não tinham registro de comorbidades pré-existentes nos últimos cinco anos. Outros 36 menores que faleceram no país neste período apresentaram teste positivo para Covid-19, mas, segundo a análise, morreram por outras causas.
Há cerca de 12 milhões de crianças na Inglaterra, portanto, as 25 que morreram devido à infecção por SARS-CoV-2 representam uma taxa de mortalidade geral de dois casos por milhão de crianças.
Anteriormente, um artigo publicado na revista científica Nature já havia mostrado que as crianças respondem por uma pequena porcentagem das contaminações por Covid-19, pois possuem um sistema imunológico mais adaptado e bem equipado para responder a novas infecções.
Os pesquisadores ainda estudaram os jovens até 18 anos que precisaram de atendimento hospitalar de emergência por causa da Covid-19 até fevereiro deste ano no Reino Unido. Das 5,8 mil crianças admitidas com o novo coronavírus, cerca de 250 precisaram de tratamento intensivo. Também havia 690 menores internados por síndrome multissistêmica inflamatória pediátrica, uma condição inflamatória rara ligada à Covid.
Os jovens que vivem com comorbidades, que são obesos ou que têm doenças cardíacas e neurológicas são os mais vulneráveis à forma grave da infecção ou ao óbito pela doença, de acordo com a pesquisa. Mesmo com as conclusões do estudo, é importante lembrar que as medidas de segurança, como distanciamento social, uso de máscara de proteção e higienização frequente das mãos, devem ser seguidas inclusive pelos mais jovens.
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