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CoronaVac protege os idosos contra a Covid-19 grave, evidencia estudo chinês

Dos idosos analisados que contraíram a delta e foram imunizados, nenhum evoluiu para a forma grave da doença


Publicado em: 07/06/2022

Um estudo chinês realizado em Nanjing mostrou mais uma vez a eficácia da CoronaVac em evitar que idosos desenvolvam a forma grave da Covid-19, demonstrando que a vacina é capaz de proteger inclusive contra a variante delta do SARS-CoV-2. O trabalho foi publicado na revista Aging e conduzido por pesquisadores do Hospital da Universidade Médica de Nanjing, na China.

Os cientistas selecionaram 181 pacientes com 60 anos ou mais que foram infectados pela variante delta, admitidos entre julho e setembro de 2021 no Centro de Saúde Pública de Nanjing. Destes, 111 tinham comorbidades. Os voluntários foram divididos em três grupos: grupo A, com 113 participantes, que não tinha sido imunizado; grupo B, com 46, que havia tomado apenas a primeira dose da CoronaVac; e o grupo C, com 22, que recebeu o esquema completo de duas doses.

Entre os pacientes, 145 foram classificados como casos moderados de Covid-19, 21 evoluíram para a forma grave e 15 foram casos críticos, que resultaram em dois óbitos. Todos os casos críticos ocorreram no grupo A (não vacinado). Esse público também concentrou todos os casos de disfunção de múltiplos órgãos (14), de choque séptico (12) e de Síndrome Respiratória Aguda Grave (15).

Além disso, o estudo apontou que os níveis de anticorpos IgM e IgG encontrados nos pacientes vacinados foram significativamente maiores do que naqueles não imunizados. “Esta pesquisa clínica confirmou que a vacina inativada para SARS-CoV-2 foi eficaz para evitar a gravidade da doença em pacientes idosos com infecção da variante delta, especialmente naqueles com comorbidades”, afirmam os autores no artigo.

 

Terceira dose da CoronaVac eleva proteção em idosos

Outro estudo conduzido recentemente pela Universidade de Hong Kong mostrou que a dose de reforço da vacina do Butantan e da Sinovac tem uma efetividade de 98% para proteger idosos contra casos graves e mortes por Covid-19, mesmo durante o surto da variante ômicron. Na população com mais de 80 anos, a terceira dose protegeu 96,6% contra esse desfecho.

 

 *Este texto é uma colaboração do jornalista científico Peter Moon para o portal do Butantan