Variante delta responde por 98% das amostras sequenciadas no final de outubro no estado de São Paulo
Publicado em:
17/11/2021
Segundo o último boletim da Rede de Alerta das Variantes do SARS-CoV-2, a variante delta do vírus causador da Covid-19 está presente em 98,8% das amostras sequenciadas no estado de São Paulo durante a 43ª semana epidemiológica (24 a 30/10). Em segundo lugar vem a variante gama, presente em 0,3% das amostras do vírus. A Rede de Alerta das Variantes, coordenada pelo Butantan, reúne laboratórios com o objetivo de identificar as linhagens do novo coronavírus em circulação nos municípios paulistas.
No mesmo período, a delta foi identificada em 100% das amostras provenientes de 14 Departamentos Regionais de Saúde (DRS): Araçatuba, Araraquara, Baixada Santista, Bauru, Campinas, Franca, Marília, Piracicaba, Registro, Ribeirão Preto, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto, Sorocaba e Taubaté. Na Grande São Paulo, a delta respondeu por 99,99% das amostras. A cepa identificada na Índia predomina entre os genomas sequenciados pela Rede desde a 33ª semana epidemiológica (15 a 21/8).
O relatório traz também informações sobre a incidência do SARS-CoV-2 em todo o estado, que vêm caindo desde meados de outubro. Entre 3 e 8/10, a incidência estava em diminuição em 14 DRS e estável em três; na semana seguinte, de 10 a 16/10, o resultado se repetiu; já entre 17 e 23/10, a incidência do vírus aumentou em sete DRS (Araraquara, Baixada Santista, Bauru, Marília, Piracicaba, Presidente Prudente e Registro). Agora, entre 24 e 30/10, um aumento foi registrado na região de Ribeirão Preto.
Fora o Butantan, mais cinco laboratórios fazem parte da Rede de Alerta das Variantes e sequenciam parte das amostras positivas coletadas no estado de São Paulo: o Hemocentro de Ribeirão Preto, a Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo (FZEA-USP, em Pirassununga), a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ-USP, em Piracicaba), a Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP, em Botucatu) e a Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP).
O sequenciamento genômico começou a ser feito pelo Butantan em janeiro de 2021 e já analisou 31.700 genomas completos. Esse número corresponde a 2,8% dos 1.141.212 casos positivos (33,5%) resultantes dos exames feitos na Rede de Laboratórios para Diagnóstico do Coronavírus SARS-CoV-2, estrutura gerida pelo instituto e formada por laboratórios públicos e privados que atuam de forma colaborativa e organizada para entregar, em até 72h, os laudos dos RT-PCR realizados por pacientes da rede pública de saúde no estado de São Paulo.
Além da Rede de Laboratórios para o Diagnóstico e da Rede de Alerta das Variantes, o Butantan conta com uma estrutura itinerante, o Lab Móvel, que percorre municípios do interior de São Paulo e é capaz de realizar até 600 exames diagnósticos RT-PCR por dia e fazer o sequenciamento genômico das amostras que derem positivo. Até agora, o Lab Móvel já realizou mais de 10 mil exames de Covid-19 nas regiões de Marília, Piracicaba, Baixada Santista e Aparecida.
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