Ela é um minileopardo ou uma lagartixa? A Eublepharis macularius, conhecida como lagartixa-leopardo, é um pequeno réptil que chama atenção por ter a pele amarelada com manchas escuras, que lembra a de um leopardo.
Apesar disso, a lagartixa nada tem a ver com o felino. Ela é um lagarto terrestre que ocorre em áreas de deserto e montanhas do Paquistão e no oeste da Índia e do Afeganistão, enquanto o leopardo é um felino típico da África do Sul e de alguns locais da Ásia.
A lagartixa-leopardo difere de algumas outras espécies de lagartixas por ter pálpebras e manchas que lembram pintas. O seu nome científico vem do latim, Eu (verdadeiro), blephar (pálpebras) e macularius (máculas ou manchas).
Ela também se distingue de outras lagartixas por ser terrestre. Isto é, se movimenta pela terra e devora insetos, enquanto há várias outras espécies de lagartixas que são arborícolas (escalam árvores) e que preferem se alimentar de plantas e frutas, como a lagartixa-de-cílios, por exemplo.
A lagartixa-leopardo pode viver, em média, 15 anos na natureza e até prolongar a vida em cativeiro se estiver em condições adequadas. Ela pode ficar longos períodos sem se alimentar e, para conseguir isso, acumula gordura em sua cauda robusta.
Essa mesma cauda é desprendida quando ela se sente ameaçada, no fenômeno conhecido como autotomia, comum em lagartixas. A ação é uma forma de enganar o predador, que tenta abocanhar a cauda, enquanto o réptil escapa do ataque.
Veja algumas outras características deste belo lagarto:
Nome científico: Eublepharis macularius
Nome popular: Lagartixa-leopardo, osga-leopardo ou geco-leopardo
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Família: Gekkonidae
Gênero: Eublepharis
Espécie: E. macularius
Tamanho: mede entre 20 e 25 centímetros
Alimentação: come grilos, baratas e tenébrios (larvas de besouro)
Reprodução: cada postura tem, em média, dois ovos, que eclodem após 42 a 84 dias de incubação.
Coloração: creme amarelado com manchas e listras pretas (padrão selvagem), podendo variar a cor de acordo com seleção artificial feita em cativeiro.
Este texto foi feito sob orientação da bióloga Danusa Maia, do Museu Biológico do Instituto Butantan
Reportagem: Camila Neumam
Fotos: José Felipe Batista