Ao longo de dois anos desafiadores, marcados pela vacinação contra a Covid-19 – que no Brasil foi iniciada pela CoronaVac – e pela luta contra variantes do SARS-CoV-2 e novas ondas da doença, o Instituto Butantan conseguiu manter um nível elevado de produção científica. Somente em 2021 foram 345 artigos publicados em periódicos – número que vem crescendo nos últimos quatro anos – focados, principalmente, em temas como vacinas, soros e venenos.
Cerca de 50% dos trabalhos do instituto foram citados ao menos uma vez no ano passado, totalizando 483 citações. As áreas de pesquisa mais citadas foram Biologia Celular (183), Toxicologia (58), Imunologia (34), Bioquímica e Biologia Molecular (29), Doenças Infecciosas (29), Ciência e Tecnologia de Alimentos (29) e Medicina e Pesquisa Experimental (27).
Entre 2018 e 2022, as revistas onde o instituto mais publicou incluem nomes como Toxins (54), Zootaxa (50), Toxicon (47), Scientific Reports (38), Frontiers in Immunology (28) e PloS One (21). No último ano, os cientistas publicaram em revistas com alto fator de impacto, como Autophagy, Molecular Biology and Evolution, Nature Communications, Nucleic Acids Research e Alzheimers & Dementia.
Internacionalização
O Butantan têm se dedicado cada vez mais à sua internacionalização, estabelecendo importantes parcerias com instituições como a farmacêutica chinesa Sinovac, para o desenvolvimento da CoronaVac, vacina contra a Covid-19, e com a farmacêutica multinacional Merck, para colaboração e licenciamento de tecnologia da vacina da dengue. Recentemente, o Butantan também exportou vacinas da influenza para países da América Latina por meio de edital de licitação da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).
O mesmo esforço se reflete na publicação de artigos: em 2021, cientistas do Butantan colaboraram com autores de 75 países, entre eles Estados Unidos, Canad&aac