Está cada vez mais próxima a assinatura do acordo entre Instituto Butantan e Ministério da Saúde para a comercialização de um novo lote de 54 milhões de doses da CoronaVac – adicional às 46 milhões já contratadas. O secretário executivo da pasta, Élcio Franco, confirmou a compra no dia 29/01, e agora as duas instituições estão elaborando o contrato que deve ser assinado ainda na primeira quinzena de fevereiro.
O anúncio acontece dias após a confirmação, pelas autoridades chinesas, de que nesta quarta-feira, 03/02, chega da China a próxima remessa de 5.400 litros de insumos necessários para a produção da vacina, e que até a próxima quarta-feira, 10/02, mais 5.600 litros de insumos serão enviados. O primeiro lote é suficiente para fabricação de 8,6 milhões de doses, e o segundo lote, para a fabricação de 8,7 milhões.
“As notícias são muito boas. Estamos trabalhando a todo vapor para que rapidamente essas doses sejam produzidas assim que a matéria-prima chegar”, afirmou o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, em coletiva de imprensa.
A partir do dia 25, o Butantan liberará, diariamente, 600 mil doses até atingir a marca de 17,3 milhões de doses na primeira quinzena de março. “Já temos outro pedido em andamento de 8 mil litros adicionais de matéria-prima. A produção com esse quantitativo de matéria-prima prosseguirá muito rapidamente até a integralização dos 46 milhões, e na sequência vamos tratar dos 54 milhões”, explica Dimas Covas.
Somado ao que já foi encaminhado ao Programa Nacional de Imunizações e embarcado aos estados, com estas 17,3 milhões de doses o Butantan entregará, até o final de março, 27 milhões de doses da vacina. Depois disso, será preciso mais dois embarques de insumos para completar as 46 milhões de doses atualmente contratadas. As conversas em andamento entre Butantan e Ministério da Saúde são justamente para estabelecer o cronograma e planejamento de fabricação das demais 54 milhões de doses.
“A previsão é que devemos já ter um cronograma nesta semana, assim que for assinado contrato com o Ministério da Saúde. Isso vai nos permitir um total de 100 milhões de doses e a programação é que possamos entregar essas doses até julho ou começo de agosto”, informou o diretor do Butantan.
Outros países X Brasil
Na coletiva, Dimas Covas e o governador de São Paulo, João Doria, aproveitaram para esclarecer que não haverá exportação da CoronaVac para outros países em detrimento das necessidades do Brasil. “A Sinovac tem um acordo de fornecimento de vacinas para países da América Latina por intermédio do Butantan, mas isso não interfere na programação de vacinas para o Brasil”, esclareceu Dimas. Os volumes para os países da América Latina são à parte das 100 milhões de doses acordadas com o governo federal, e poderão vir direto da China, por exemplo.