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Rede gerenciada pelo Butantan realiza mais de 20 mil testes diagnósticos de Covid-19 por dia


Publicado em: 07/06/2021

Se você realizou um teste molecular para confirmar se estava com Covid-19 (os exames RT-PCR) nos últimos dez meses pela rede pública no estado de São Paulo, esse teste certamente passou pela Rede de Laboratórios para Diagnóstico do Coronavírus SARS-CoV-2. Formada por 29 laboratórios espalhados por todo o estado de São Paulo e coordenada pelo Instituto Butantan, a rede organiza, gerencia e zela pela realização de todos os testes diagnósticos de Covid-19 feitos no estado – um trabalho complexo e colaborativo, que exige alta produtividade e responsabilidade.

Tudo começou em abril de 2020, quando o Instituto Adolfo Lutz (IAL), laboratório central de saúde pública do estado de São Paulo, responsável por processar e laudar amostras do exame RT-PCR no estado, estava sobrecarregado e se via com mais de 18 mil testes parados e por volta de oito mil óbitos sem diagnóstico. Não havia mão de obra, equipamento e materiais suficientes, nem área física para comportar o grande volume de amostras que chegavam diariamente, tampouco uma gestão integrada para organizar a logística de amostras e abastecimento de insumos para a realização dos testes. Enquanto isso, crescia a preocupação sobre os diagnósticos em São Paulo.

Conheça o caminho de um teste diagnóstico de Covid-19 - da coleta da amostra até a divulgação do laudo

O presidente do Butantan, Dimas Covas, convocou o Centro de Desenvolvimento Científico (CDC) do instituto para auxiliar nesta demanda e mitigar os gargalos do Adolfo Lutz. Neste cenário, o Butantan assumiria o volume que não estava sendo absorvido pelo Adolfo Lutz para resolver em conjunto. O rápido crescimento na demanda por testes, porém, demonstrou que seria preciso criar toda uma rede envolvendo mais atores para ficar em dia com a demanda.

Surgia assim a Rede de Laboratórios para Diagnóstico do Coronavírus SARS-CoV-2. Por meio dela, os testes são coletados nos postos de saúde; conforme a abrangência de cada Departamento Regional de Saúde (DRS), são encaminhados ao IAL local (se a amostra foi coletada em Jaboticabal, por exemplo, segue para o IAL Ribeirão Preto); de lá, são enviadas para o Butantan ou para um laboratório da rede que fique próximo e seja capaz de realizar o diagnóstico com rapidez; no laboratório de destino, a amostra &e