O dia 10 de abril é uma data muito importante para o Museu de Microbiologia (MMb) do Instituto Butantan: é nesse dia que a instituição comemora 19 anos. Criada em 2002 com a missão de estimular a curiosidade científica nos jovens e propiciar oportunidades de aproximação entre a cultura científica e o público em geral, o museu dialoga com a divulgação científica, a pesquisa e a produção em relação a micróbios e vacinas por meio de sua exposição de longa duração, de exposições temporárias e de atividades educativas.
Infelizmente, porém, este será um aniversário comemorado longe do maior “bem” que o museu possui: o público. “Por outro lado, podemos conversar com todos que curtem e acompanham o Museu pelas redes sociais do Instituto (@butantanoficial) e do MMb (@museudemicrobiologiaoficial), com a esperança de que brevemente poderemos nos encontrar presencialmente”, explica a diretora do Museu, Glaucia Colli Inglez.
Durante esses 19 anos, o Museu de Microbiologia recebeu 21 exposições temporárias e instalações, atendeu diariamente estudantes de diferentes níveis e idades por meio de atividades educativas e elaborou, desenvolveu e participou de vários projetos com o objetivo de investigar formas de facilitar a aproximação entre público e ciência.
Daqui saíram materiais didáticos em diferentes linguagens e plataformas: 6 kits didáticos de experimentos, o vídeo em tempo real MundoMicro, 2 curtas de animação, 3 animações em massinha de modelar, o jogo de cartas Quem Pode Mais, o software interativo Programa Mais, um CD-ROM interativo com 4 temas, 2 jogos de computador para crianças pequenas, o folheto Os vírus podem ser nossos amigos?, a cartilha Noções Básicas de Higiene e o Guia de Atividades do Museu de Microbiologia. Muitos desses materiais foram incorporados ao salão expositivo do MMb.
Os projetos também permitiram o desenvolvimento de novas exposições, como "As Grandes Epidemias", itinerante, e "O Mundo Gigante dos Micróbios", para crianças de 4 a 6 anos, além da elaboração de protótipos para a modernização da exposição original. Outros destaques são o Programa MicroToque, voltado a pessoas com deficiência visual, e a modernização do espaço educativo Praça dos Cientistas.
Durante suas quase duas décadas, o museu desenvolveu e aplicou várias atividades para o público espontâneo que frequentava o Butantan aos finais de semana (e voltará a frequentar, quando o espaço reabrir). Alguns exemplos são as ações “Laboratório aberto”, “Microspescaria”, “Quem come o que você come”, “Construindo o seu micróbio”, “Higienização das Mãos”, entre outras.
O Museu também trabalha em parceria com outros setores do Butantan. Em conjunto com o Laboratório de Imunoquímica, elaborou um vídeo com experimentos para obtenção de anticorpos e quatro pílulas conceituais (sobre reação de aglutinação, meios de cultura, centrifugação e sistema complemento); junto ao professor Henrique Moisés Canter, diretor da Casa Afrânio do Amaral, criou o jogo de cartas infantojuvenil “O Quarteto”; e em parceria com o Núcleo de Difusão do Conhecimento, desenvolveu uma exposição temporária sobre HPV.