O Brasil vive um surto de dengue e os casos da doença não param de subir em todas as regiões do país. Segundo o Ministério da Saúde, foram notificados 542.038 casos prováveis de dengue entre a primeira e a décima sexta semana epidemiológica (2 de janeiro a 23 de abril) de 2022. Este número é bastante próximo do que foi registrado em todo o ano de 2021, quando foram contabilizados 544 mil casos prováveis de dengue. No período, foram registrados 160 óbitos por dengue no país.
Os ensaios clínicos da vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan estão na reta final, mas enquanto o imunizante não está disponível, é importante manter medidas de prevenção contra a proliferação do mosquito causador da dengue: o Aedes aegypti.
Incidência no país
Em 2022, a região centro-oeste vem apresentando a maior taxa de incidência de dengue, com 920,4 casos por 100 mil habitantes, seguida das regiões sul (427,2 casos/100 mil habitantes), sudeste (188,3 casos/100 mil habitantes), norte (154 casos/100 mil habitantes) e nordeste (105 casos/100 mil habitantes). O estado de Goiás lidera a incidência da doença no país, com 1.366 casos para cada 100 mil habitantes.
Os municípios que apresentaram os maiores registros de casos prováveis de dengue até 23 de abril foram Goiânia (GO), com 31.189 casos (2.004,9 casos/100 mil habitantes), Brasília (DF), com 29.928 casos (967,2/100 mil habitantes), Palmas (TO), com 9.080 casos (2.897,7 casos/100 mil habitantes), São José do Rio Preto (SP), com 7.466 casos (1.591,3 casos/100 mil habitantes) e Votuporanga (SP), com 6.836 casos (7.113/100 mil habitantes).
Como se prevenir da dengue
O acúmulo de água parada contribui para a proliferação do mosquito Aedes aegypti e, consequentemente, para a maior disseminação da doença. E são nos meses mais chuvosos, entre novembro e maio, que a doença tende a se espalhar. Por isso, é importante evitar focos de água parada, porque os ovos do mosquito podem sobreviver por um ano no ambiente.
Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém idosos e pessoas com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte.
Os principais sintomas da dengue são: febre alta, acima de 38°C; dor no corpo e articulações; dor atrás dos olhos; mal-estar; falta de apetite; dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo.
Algumas pessoas ficam assintomáticas e outras apresentam sintomas ainda mais graves, como hemorragia. Ao apresentar sintomas, a recomendação do Ministério da Saúde é procurar um serviço médico.