Resposta de anticorpos ligantes é mantida por um ano após vacinação com CoronaVac, indica estudo da USP
Publicado em:
07/12/2021
O estudo clínico de fase 3 da CoronaVac desenvolvido no Brasil a partir de julho de 2020 mostrou que os anticorpos ligantes contra antígenos nucleocapsídeos (proteína do núcleo do SARS-CoV-2) permaneceram no organismo em alto nível após um ano. Esses anticorpos são responsáveis por detectar o vírus, induzindo o combate à infecção. Os dados, ainda não publicados, foram apresentados pelo médico infectologista e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Esper Kallás, durante o CoronaVac Symposium nesta terça (7).
A pesquisa analisou os níveis de anticorpos neutralizantes e ligantes e das células T de memória CD4+ e CD8+ em 53 pessoas vacinadas e oitro que receberam o placebo. As respostas apresentadas duas semanas após a segunda dose da vacina foram semelhantes às observadas em indivíduos que desenvolveram a forma leve da Covid-19 durante o acompanhamento. “Com relação aos anticorpos de ligação contra antígenos nucleocapsídeos, houve um aumento na resposta imune que se manteve por um ano”, afirma o pesquisador.
Também houve um aumento expressivo na resposta das células T CD4+ após seis meses da primeira dose, que se sustentou ao longo do tempo. Essas células são responsáveis pela eliminação das células infectadas. Os pesquisadores verificaram que as respostas das células T eram concentradas principalmente contra o antígeno Spike (proteína de superfície do vírus).
“Nós concluímos que a CoronaVac apresenta um excelente perfil de segurança e foi efetiva na prevenção de casos leves e graves de Covid-19, induzindo e mantendo a resposta imune na maioria dos participantes”, destaca Esper.
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