A Rede de Alerta das Variantes do SARS-CoV-2, coordenada pelo Instituto Butantan, registrou pela primeira vez as variantes BA.4 e BA.5, sublinhagens da ômicron surgidas na África do Sul e atualmente em expansão na Europa, no estado de São Paulo. Foram detectadas uma amostra de BA.4 e cinco de BA.5 na 19ª semana epidemiológica, entre os dias 7 e 13/5.
Saiba mais: Como surgem as variantes da Covid-19: entenda a diferença entre linhagens, sublinhagens e recombinantes
A amostra de BA.4 foi detectada em uma mulher de 74 anos, moradora da Grande São Paulo. Já as amostras de BA.5 foram detectadas em dois homens de 25 anos e 34 anos, e em quatro mulheres de 35, 46, 63 e 74 anos, quatro colhidas em São José do Rio Preto (SP) e uma em Ribeirão Preto (SP).
De acordo com o bioinformata da Rede de Alertas das Variantes do SARS-CoV-2, Alex Ranieri, esta é a primeira vez que as sublinhagens da ômicron surgem na Rede de Alerta das Variantes do SARS-CoV-2 do Butantan. Amostras das variantes já haviam sido identificadas no estado pelo Hospital Israelita Albert Einstein. “Com essa descoberta, já podemos inferir que estas cepas já estão espalhadas pelo estado”, afirmou Alex.
As sublinhagens da ômicron BA.4 e BA.5 foram detectadas primeiramente na África do Sul em janeiro e fevereiro de 2022 respectivamente e, desde então, se tornaram as variantes dominantes no país. Elas estão em ascensão na Europa, segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês).
Segundo o órgão de saúde europeu, não há indicação de qualquer alteração na gravidade para BA.4 ou BA.5 em comparação com as linhagens da ômicron anteriores.
BA.4 e BA.5 no Brasil e no mundo
Até o momento, foram realizados quatro sequenciamentos da variante BA.4 no Brasil, já contando com a da Rede de Alertas do Butantan. O primeiro identificado pelo la