Pesquisadores da Turquia devem discutir alta eficácia da CoronaVac em pessoas saudáveis e com comorbidades durante simpósio
Publicado em:
07/12/2021
No CoronaVac Symposium, evento internacional que será realizado nos dias 7, 8 e 9/12 pelo Butantan e pela Sinovac, cientistas turcos irão contribuir com dados de suas pesquisas sobre a eficácia da CoronaVac. Os resultados indicam que o imunizante é seguro e eficaz não apenas em pessoas saudáveis, mas também em indivíduos com comorbidades, como obesidade e hipertensão, e em pacientes em tratamento contra o câncer.
O primeiro convidado, Serhat Unal, chefe do departamento de doenças infecciosas da Universidade Hacettepe, fará uma palestra no dia 7, às 9h, sobre os ensaios clínicos de fase 3 desenvolvidos na Turquia. A pesquisa mostrou que a CoronaVac é bem aceita pelo organismo e 83,5% eficaz contra o SARS-CoV-2. A vacina induziu anticorpos em 89,7% dos participantes e, destes, 92% também produziram anticorpos neutralizantes pelo menos 14 dias após a segunda dose. A maioria dos efeitos adversos foi leve e o principal sintoma relatado foi fadiga.
O estudo randomizado, duplo-cego e controlado por placebo foi feito com 10.214 pessoas de diferentes grupos de risco e ocupações, aproximando os resultados do contexto do “mundo real”. Entre os voluntários, 3.675 eram profissionais de saúde e 1.463 eram obesos. Além disso, 6.217 tinham algum tipo de comorbidade, sendo hipertensão a mais comum.
CoronaVac pode potencializar resposta imune em quem já teve Covid-19
No segundo dia do simpósio, às 9h40, o pesquisador Ahmet Soysal, especialista em doenças infecciosas pediátricas no Grupo de Hospitais Istanbul Memorial, apresentará um estudo de comparação de imunogenicidade da CoronaVac entre 103 profissionais da saúde que foram infectados anteriormente pelo SARS-CoV-2, de forma leve ou assintomática, e 627 profissionais que não tiveram a doença. Os resultados mostram que a CoronaVac é segura e eficaz para ambos os grupos, induzindo maior produção de anticorpos em pessoas previamente infectadas (média de 1.220 AU/ml) em relação aos não infectados (média de 913 AU/ml).
Proteção de pacientes oncológicos
Outro artigo de pesquisadores turcos publicado na revista Future Oncology analisou a segurança e imunogenicidade da CoronaVac em pacientes em tratamento contra o câncer, ou seja, imunossuprimidos (que têm grandes dificuldades em seu sistema imunológico). O estudo foi feito com 47 indivíduos que receberam as duas doses da vacina em um intervalo de 28 dias. O imunizante gerou anticorpos em 63,8% dos participantes. Entre as pessoas que estavam recebendo apenas anticorpos monoclonais ou imunoterapia, sem outras medicações, 100% desenvolveu imunidade.
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