Os resultados preliminares dos ensaios clínicos de fase 3 realizados no Chile vêm mostrando que a CoronaVac é eficaz para a população com idade entre três e 17 anos. De acordo com a pesquisadora e professora da Pontifícia Universidade Católica do Chile Susan Bueno, que apresentou os dados em sua participação durante o terceiro dia do CoronaVac Symposium, os primeiros relatórios também indicam um número pequeno de eventos adversos.
“A eficácia, ou os dados da vida real já fornecidos pelo Instituto de Saúde Pública do Chile, mostram que crianças vacinadas com seis anos ou mais não tiveram eventos adversos sérios, o que é algo muito positivo”, informou Susan, assinalando que a CoronaVac é uma vacina muito boa para vacinar crianças, principalmente acima dos três anos.
Os relatórios preliminares do estudo clínico de fase 3 da CoronaVac no Chile, que está sendo conduzido pelo Instituto Milênio de Imunologia e Imunoterapia da Pontifícia Universidade Católica do Chile, mostraram que as crianças apresentam maior produção de anticorpos do que os adultos e menos reações adversas.
Até o momento, os casos mais relatados nas crianças que participam dos ensaios clínicos são dor e vermelhidão no local da injeção, ou seja, casos leves de grau 1. Com relação aos eventos adversos não imediatos, a pesquisadora disse que foram relatados febre, tosse e vômito em uma pequena parte do grupo.
A pesquisa, feita em parceria com instituições de outros países, recrutou 14 mil voluntários. No Chile, os pacientes foram separados em grupos para avaliar a imunogenicidade da vacina e o uso de placebo. Ao final do estudo serão avaliados o número total de anticorpos, anticorpos neutralizantes e a aparição de anticorpos para outros antígenos.
“No momento avaliamos o aumento de IGG na saliva após a primeira dose, no momento da segunda dose e 2 semanas após a segunda dose. Com esses dados preliminares, podemos detectar na saliva um aumento nos níveis IGG anti-S1”, afirmou a pesquisadora.
A média de idade dos pacientes é de 6,43 anos, separados entre meninos e meninas. Os grupos mais velhos têm um número menor de voluntários porque o uso da vacina para a faixa etária acima dos 12 anos já havia sido aprovado em maio no país andino. Em setembro, a agência reguladora de medicamentos do Chile aprovou o uso da CoronaVac em crianças também na faixa acima de seis anos de idade.
Consulte a programação do terceiro dia do CoronaVac Symposium