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Sítio do Picapau Amarelo e atividade sobre HPV foram destaques no Dia Nacional de Imunização do Butantan


Publicado em: 11/06/2018

Cerca de 150 crianças assistiram no último sábado, a peça teatral “Emília e Cia do Sítio do Picapau Amarelo no Instituto Butantan: Vacina que protege”, exibida gratuitamente em duas sessões no auditório do CDC, em celebração ao Dia Nacional da Imunização. A data ainda teve uma série de outras atividades gratuitas, para crianças e adultos, visando a conscientização sobre a importância das vacinas.
A peça infantil foi escrita em uma parceria entre especialistas na obra de Monteiro Lobato e a pesquisadora científica Maisa Splendore Della Casa, do Laboratório de Imunopatologia do Instituto Butantan. A peça e as demais atividades fazem parte do calendário do programa “100 Anos da Gripe Espanhola – Imagine o Mundo sem Vacinas”, que está sendo promovido ao longo do ano de 2018 pelo Instituto Butantan.
Para Maisa, trazer a personagem Emília e toda a turma do Sítio do Picapau Amarelo para falar de forma lúdica sobre prevenção, como se fosse uma brincadeira, ajuda a desmistificar a Ciência para a sociedade, que é um dos objetivos mais importantes do projeto.
“Eu acho que a popularização da Ciência é muito importante porque a sociedade valoriza aquilo que é acessível e compreensível. As vezes fazemos trabalhos maravilhosos, inclusive a própria produção de vacinas que é essencial para a prevenção de doenças, e que ainda ficam distantes do que a sociedade pode conhecer e apoiar”, disse Maisa.
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Peça teatral "Emília e Cia do Sítio do Picapau Amarelo no Instituto Butantan: Vacina que protege"
A presidente da Comissão do programa “100 Anos da Gripe Espanhola – Imagine o Mundo Sem Vacinas”, Luciana Monaco, considerou que o evento de sábado foi um “sucesso total” não só por ter tido a participação maciça das crianças, mas também por tê-las envolvido e sensibilizado sobre o tema das vacinas.
Luciana acredita que as crianças são uma “porta de entrada” importante para que as informações e a reflexão cheguem às famílias. “Às vezes a gente não consegue convencer o pai sobre a importância de determinado assunto, mas a criança vai falar insistentemente sobre aquilo que ela acaba de aprender. É natural quando ela aprende algo novo, ela quer passar para a frente”, disse Luciana.
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​Oficina infanto-juvenil e aula de dança
Respeitável público
O estudante Mateus Moretti Monteiro, de 7 anos, veio com os pais e a irmã ao Butantan no último sábado e gostou de ganhar algodão doce e de colorir o cabelo de verde com spray nas tendas de recreação montadas no gramado do heliponto do parque.
Pela manhã, ele conferiu a peça com as personagens de Monteiro Lobato e levou pra casa a mensagem importante passada por Emília e seus amigos. “Aprendi que é importante tomar vacinas para você se proteger das doenças que são transmitidas por vírus e bactérias”, disse Mateus.
Mas não foram só as crianças que se divertiram. A profissional de compras Renata Pereira Ribeiro, 30, mãe das gêmeas Helena e Heloísa, de 4 anos, é fã dos personagens do Sítio e contou que até tirou sellfie com suas filhas e o elenco da peça, ao final do espetáculo. “Acho que a peça sensibilizou não só os adultos, como as crianças também. Foi uma forma de promover o entendimento e a compreensão sobre as vacinas. O texto era bem explicativo”, disse.
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​Peça teatral "Emília e Cia do Sítio do Picapau Amarelo no Instituto Butantan: Vacina que protege"
ATIVIDADE INTERATIVA SOBRE O HPV
Também no sábado foi oficialmente aberta uma atividade interativa sobre o vírus HPV no Museu de Microbiologia. Todos que visitarem o museu até dezembro, poderão participar . O professor de biologia da Etec Paulistano Renan Faria Soares, 32, aproveitou o sábado de sol para trazer mais uma turma para visitar o museu.
Renan foi estagiário do Butantan, na recepção de animais, por dois anos e declara um “apaixonado” pelo instituto. “Acredito na metodologia alternativa para educar e há muitos mockups [protótipos em escala ou tamanho real, usados para demonstrações e ensino] dos vírus, que chamam bastante a atenção deles [alunos]”, disse.
Segundo ele, seus alunos estudam ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) no colégio, mas poder rever o tema do HPV de uma forma diferente é importante e mostra o comprometimento do Museu de Microbilogia em estar sempre se aperfeiçoando.
O aluno do ensino médio Mateus Silva, 16, que esteve pela primeira vez no museu, acha que o tema do HPV deveria ser melhor discutido com os jovens, alvos principais das campanhas de vacinação e do estimulo ao uso de preservativo do Ministério da Saúde contra a doença. “Eu não sabia que homens podem adquirir a doença. É um assunto muito sério porque pode causar doenças graves. Vou me prevenir melhor”, disse Mateus.
A aluna Anaísa, 17, disse que apesar de já ter até apresentado um trabalho de escola sobre HPV, ficou surpresa com o que aprendeu na atividade. “Tinha várias informações que descobri hoje e que não estavam no meu trabalho”, afirmou a estudante.
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​Exposição HPV

(por Adriana Matiuzo)​
​imagens: Gilberto Bizari