Duas novas variantes da ômicron são descobertas na África do Sul e já detectadas na Europa
Sublinhagens BA.4 e BA.5 têm mutações na proteína Spike, mas não demonstram maior potencial de gravidade
Publicado em:
13/04/2022
Duas sublinhagens da ômicron, denominadas BA.4 e BA.5, foram descobertas na África do Sul e já estão circulando em países africanos e europeus, sem demonstrar maior potencial de gravidade até o momento, segundo dados do Centro de Pesquisa, Resposta e Inovação em Epidemias sul-africano (CERI, na sigla em inglês), que monitora e sequencia variantes da Covid-19.
No início da semana, o diretor do CERI, Túlio de Oliveira, descreveu que as novas variantes BA. 4 e BA.5 foram detectadas na África do Sul, Botsuana, Bélgica, Alemanha, Dinamarca e Reino Unido, com indicativo do crescimento de casos, mas que não estão se refletindo em mais casos graves da doença. Dias depois, o cientista informou que as variantes também foram detectadas em Portugal, França e novos genomas na Alemanha.
“Ainda é cedo para compreender qual será o impacto epidemiológico [da BA.4 e BA.5], mas não há motivo para alarme, pois não há grande aumento nos casos, internações ou óbitos na África do Sul”, escreveu em sua conta no Twitter nessa semana. Túlio dá como exemplo a expansão da variante BA.2 da ômicron, que vem causando o prolongamento da onda de Covid-19 no sul da África, mas sem causar impacto no número de hospitalizações ou morte.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as variantes BA.4 e BA.5 têm duas mutações na proteína Spike, associadas a “potenciais características de escape imune”, que ainda estão sendo investigadas. Uma forma de ajudar na detecção das novas variantes é apostar em mais testes de PCR, que podem ajudar na vigilância das sublinhagens.
Mas para o cientista do CERI, as vacinas contra Covid-19 disponíveis continuam sendo capazes de neutralizar as variantes da Covid-2.
“A vacinação continua a ser a principal intervenção para proteger contra doenças graves, hospitalização e morte de todas as variantes conhecidas. É um ótimo momento para garantir um reforço e manter as variantes afastadas e retornar à vida normal”, concluiu Túlio.
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