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Ciência e cultura ancestral podem conviver no combate a doenças, diz primeira indígena vacinada contra Covid-19 no Brasil

Vanuza Kaimbé visitou o Butantan e falou sobre como combateu a Covid-19 e o negacionismo em sua aldeia em prol da saúde de seu povo


Publicado em: 29/09/2023

No começo de 2020, a técnica de enfermagem e assistente social Vanuza Kaimbé, de 53 anos, vivia o medo de o SARS-CoV-2 dizimar a população de sua aldeia multiétnica Filhos dessa Terra, localizada em Guarulhos (SP). Ciente da vulnerabilidade dos indígenas diante do vírus então pouco conhecido, ela clamou pelas redes sociais e para o poder público por condições de isolamento, testagem e vacina. Foi desacreditada e chamada de “doida”, mas não desistiu. A projeção lhe rendeu a chance de ser a primeira indígena brasileira a ser imunizada contra a Covid-19 com a vacina CoronaVac, produzida no Instituto Butantan, em 17 de janeiro de 2021. 

“A ciência venceu o preconceito, a desinformação e o retrocesso. Eu estava lá muito feliz. Quando tomei a vacina não senti nada, só emoção e gratidão”, disse ela durante a palestra Relatos da