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Butantan e Sinovac responderam à emergência mundial da Covid-19 com uma vacina que ajudou a salvar vidas, diz cônsul-geral da China

Para Chen Peijie, os fatos comprovam a eficácia e segurança da CoronaVac e a força da parceria entre as instituições


Publicado em: 18/05/2022

A eficácia da CoronaVac para proteger a população contra a Covid-19 foi amplamente demonstrada não só em testes clínicos conduzidos ao redor do mundo, mas principalmente na vida real. É o que afirma a cônsul-geral da China, Chen Peijie, sobre os esforços do Instituto Butantan e da farmacêutica chinesa Sinovac durante a pandemia. Em visita ao Butantan na última terça (17), membros do Consulado da China em São Paulo se reuniram com a diretoria do instituto para discutir a possibilidade de futuras parcerias.

“O Instituto Butantan conduz um trabalho substancial que traz inúmeros benefícios à saúde pública. O mundo enfrenta um grande desafio e as vacinas se tornaram um elemento essencial para superá-lo – e estamos alcançando esse objetivo. Nós temos muitos fatos que comprovam que a CoronaVac foi bem sucedida para proteger as pessoas contra a Covid-19. Não se trata apenas do que nós falamos, ou do que o Butantan ou a Sinovac dizem: os fatos estão aí”, afirma a cônsul-geral.

A queda no número de casos, hospitalizações e mortes reflete a importância da CoronaVac. Resultados do Projeto S, por exemplo, estudo de efetividade realizado pelo Butantan com 27 mil adultos e idosos em Serrana (SP), mostraram 80,5% de proteção contra casos sintomáticos de Covid-19, 95% contra hospitalizações e 94,9% contra mortes. Já no público infantil, foi demonstrada mais de 90% de efetividade contra hospitalizações e internações em um amplo estudo chileno.

Chen acredita que explorar novas colaborações entre o Butantan e instituições chinesas pode trazer resultados muito positivos para a população. “Eu vejo que existem boas ideias na mente do Butantan e de seus parceiros chineses. Tenho confiança de que futuras cooperações serão ainda melhores e poderão ajudar muitas pessoas no Brasil, na China e no mundo. Não é apenas uma expectativa, eu realmente acredito que faremos isso acontecer.”

 

Desenvolvimento e inovação

Durante a reunião com o Consulado da China, o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, manifestou o interesse da instituição em estabelecer parcerias não só para o desenvolvimento de vacinas, mas também de anticorpos monoclonais – principalmente para o tratamento do câncer – e de terapias celulares avançadas.

O Butantan tem trabalhado em várias frentes para desenvolver mais imunobiológicos para a população. Recentemente, o instituto assinou um acordo de Política de Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) com a farmacêutica Sandoz para a produção de medicamentos contra doenças crônicas, a serem desenvolvidos na Fábrica de Anticorpos Monoclonais do Butantan. Atualmente, esses fármacos dependem de importação.

Em março, o Butantan entregou a obra civil do Centro de Produção Multipropósito de Vacinas (CPMV), que produzirá até 100 milhões de vacinas contra Covid-19, zika, raiva e hepatite A por ano, ampliando a capacidade de produção de vacinas do Brasil.