Butantan entrega 6,9 milhões de doses da CoronaVac, encerra contrato de 100 milhões de doses com Ministério e inicia substituição de vacinas retidas
Publicado em:
15/09/2021
Nesta quarta (15), o Butantan entregou ao Ministério da Saúde mais 6,9 milhões de doses da CoronaVac, vacina contra a Covid-19 feita em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. Com parte desse envio, 5,1 milhões de doses, o instituto encerra o contrato para o fornecimento de 100 milhões de unidades ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). As demais 1,8 milhão serão utilizadas para iniciar a substituição dos lotes retidos nas últimas semanas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“O Butantan, o primeiro a entregar vacinas ao Brasil em janeiro, é o primeiro também a concluir o seu contrato de 100 milhões de doses”, assinalou o presidente do instituto, Dimas Covas. A saída de doses foi transmitida ao vivo durante coletiva de imprensa do governo de São Paulo, no Palácio dos Bandeirantes.
Dimas reforçou novamente que não existe questionamento sobre a qualidade das vacinas quarentenadas pela Anvisa – o que já foi atestado pela Sinovac, pelo controle de qualidade do Butantan, e pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS).
“Esse procedimento de quarentena que foi instituído pela Anvisa trata-se de regularização documental em relação ao local de fabrico lá na China”, explicou o presidente do instituto. “Como é um processo que pode demorar, nós começamos a substituição das doses, porque o que importa é que as vacinas sejam aplicadas o mais rapidamente possível”, completou.
Um cronograma de entrega das cerca de 8 milhões de doses a serem substituídas já está em andamento e deve ser concluído até o final do mês. As vacinas retidas, depois que forem liberadas pela Anvisa, serão utilizadas em outros cenários, como o fornecimento de imunizantes para estados e países com quem o Butantan tem compromisso.
“A CoronaVac é uma das melhores vacinas disponíveis no mundo e está dando uma grande contribuição para o controle dessa pandemia”, resumiu Dimas. Ele ressaltou que a CoronaVac foi o segundo imunizante a ser autorizado para uso em crianças, sendo o único permitido no mundo para aplicação no público de três a 17 anos. Na China, já foi utilizado em mais de 60 milhões de crianças. “Os dados de segurança da vacinação nessa população indicam que é a vacina mais segura entre todas as que estão sendo utilizadas no mundo nesse momento”, explicou o presidente do instituto, lembrando que a CoronaVac está sendo aplicada em crianças também no Chile, na África do Sul e na Indonésia.
Dimas comentou ainda sobre o uso da CoronaVac como dose de reforço ou terceira dose. De acordo com o professor, a incorporação da vacina do Butantan pelo Ministério da Saúde permitiria a antecipação do calendário de aplicação da segunda dose – completar o esquema vacinal, com todas as pessoas recebendo as duas doses, é essencial para controlar a pandemia. A não incorporação da CoronaVac estaria relacionada ao fato de não haver outros contratos firmados entre Ministério da Saúde e Butantan, e não às demonstrações científicas da efetividade do imunizante na terceira dose.
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