Há exatamente um ano começava a vacinação contra Covid-19 no Brasil com a aplicação das primeiras doses da CoronaVac, imunizante do Butantan e da Sinovac, o primeiro a ser disponibilizado no combate à pandemia do novo coronavírus no país. O dia 17/1/2021 marca a aprovação do uso emergencial da vacina pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a aplicação da primeira dose na primeira brasileira imunizada contra a Covid-19: a enfermeira do Hospital Emílio Ribas, em São Paulo, Monica Calazans.
Na sequência, muitos outros profissionais de saúde, idosos, indígenas, quilombolas e pessoas com comorbidades e adultos em geral receberam doses da CoronaVac, produzida pelo Butantan e amplamente distribuída pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde.
Na época, entre janeiro e abril, o Brasil vivia a segunda e mais mortal onda de Covid-19, que aumentou de forma expressiva o número de hospitalizações e mortes, e colapsou alguns sistemas de saúde, como o de Manaus (AM), onde infectados morreram asfixiados nos hospitais no primeiro mês de 2021.
Em fevereiro, o Butantan manteve a entrega semanal de doses e iniciou o Projeto S, com vacinação de voluntários para o estudo de efetividade da CoronaVac no município paulista de Serrana. A pesquisa pioneira teve como objetivo imunizar a população adulta completa da cidade para entender o impacto da vacina no controle da pandemia de Covid-19 e na transmissão do SARS-CoV-2.
Os resultados da pesquisa demonstraram ampla efetividade nos vacinados e queda abrupta de hospitalizações e mortes na cidade, principalmente nos idosos, até então as maiores vítimas da pandemia.
Mas a necessidade de imunizar mais pessoas era cada vez maior no Brasil, porque em março o país batia a triste marca de mais de 3 mil mortes por Covid-19 ao dia. E no dia 24/3/2021, o país atingira a marca de mais de 300 mil mortes pela doença.
Então, em abril de 2021, os resultados dos ensaios clínicos de fase 3 da CoronaVac indicaram que a eficácia da vacina era ainda maior do que apontavam os dados preliminares: 62,3% de eficácia geral com o intervalo de doses entre 21 e 28 dias, exatamente o praticado no Brasil.
Avanço da vacinação: queda de mortes e hospitalizações<