OMS reclassifica gravidade e altera o grupo de variantes do SARS-CoV-2
Publicado em:
20/10/2021
Nas últimas semanas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) redefiniu a gravidade de algumas variantes do vírus SARS-CoV-2. A entidade diminuiu consideravelmente a quantidade de cepas enquadradas como VOI (variantes de interesse, na sigla em inglês), mantendo na categoria apenas a lambda e a mu, que têm grande circulação na América Latina, e criou o grupo Variantes Sob Monitoramento ou VUM (em inglês, variants under monitoring). Com essa mudança, as variantes eta, iota e kappa foram reclassificadas como “ex-VOIs” e agora se enquadram como VUM.
A nova categoria compreende cepas que podem alterar geneticamente o vírus e representar um risco futuramente, mas que ainda exigem novas avaliações antes de se tornar uma VOI ou VOC (variante de preocupação na sigla em inglês, em referência às cepas mais transmissíveis e que provocam infecções mais graves de Covid-19). Apesar das mudanças nas VOI e da criação das VUM, as VOC seguem as mesmas: alfa, beta, gama e delta.
No momento, há 16 variantes sob observação da OMS que ainda não foram nomeadas com letras gregas. Elas seguem apenas com a nomenclatura Pango, usada por pesquisadores e agências de saúde do mundo todo (a nomenclatura Pango da variante gama, por exemplo, é P.1; a da delta é B.1.617.2).
A decisão de alterar a classificação das variantes aconteceu depois de uma criteriosa avaliação de especialistas e do Grupo de Trabalho de Evolução do Vírus SARS-CoV-2, ligado à OMS. A mudança foi baseada na incidência e prevalência das variantes entre as amostras sequenciadas ao longo do tempo, entre as mais diferentes localizações geográficas, e na detecção da presença ou ausência de fatores de risco.
Nas últimas semanas, o número de infectados com as variantes eta (detectada em 81 países e classificada como VOI em março), iota (identificada em 49 países) e kappa (presente em 57 países) diminuiu a ponto de não mais representar um risco.
De acordo com o GISAID, ferramenta de dados genômicos do SARS-CoV-2, a VOC delta continua sendo a maior preocupação. Ela representa 90% das infecções em todo o mundo, conforme informações de 15 de junho a 15 de setembro.
Para a OMS, uma variante de interesse ou variante de preocupação pode ser reclassificada se demonstrar não mais representar um grande risco à saúde pública global em relação às outras variantes que ainda circulam.
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