Esper Georges Kallás
Diretor do Instituto Butantan
Formado pela Faculdade de Medicina de Itajubá em 1989, Esper Georges Kallás fez residência em infectologia no Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo e mestrado na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Sua dissertação, defendida em 1996, analisou os fatores de risco para a infecção por HIV na Casa de Detenção de São Paulo. Em 1999, concluiu o doutorado pela Unifesp, com cotutela na Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, pesquisando a produção antígeno-específica de citocinas pelos linfócitos T após infecção e vacinação. É professor titular do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), onde é livre-docente desde 2009. Durante a pandemia de Covid-19, atuou na linha de frente do atendimento clínico e foi um dos integrantes do Centro de Contingência do Estado de São Paulo, organização que monitorava e coordenava ações contra a propagação do SARS-CoV-2. Participou como investigador principal de diversos ensaios clínicos, como o da vacina da dengue e a fase 3 da CoronaVac. Entre suas linhas de pesquisa estão tratamento da infecção pelo HIV, vacinas, estudo dos efeitos do ciclo celular sobre a variação genética do HIV-1, imunologia em doenças infecciosas, relação hospedeiro-parasita e imunologia clínica.
Rui Curi
Diretor de Imunobiológicos do Instituto Butantan
Graduado em Farmácia-Bioquímica pela Universidade Estadual de Maringá (1980), é mestre (1982) e doutor (1984) pelo Departamento de Fisiologia e Biofísica do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo, onde foi Professor Titular até 2016. Foi chefe do Departamento por quatro anos e Diretor do Instituto por quatro anos. Pesquisador visitante do Departamento de Bioquímica e da Sir William Dunn School of Pathology da Universidade de Oxford, Inglaterra; da Faculdade de Medicina da Universidade Livre de Bruxelas, Bélgica; do Departamento de Medicina da Uniformed Services University of Health Sciences e do Instituto Nacional de Saúde em Bethesda, EUA. Publicou seis livros e mais de 550 artigos científicos completos. É mais conhecido por seu trabalho pioneiro sobre o metabolismo de leucócitos e o controle da função imune e resposta inflamatória (imunometabolismo). Contribuiu para a compreensão do metabolismo da glutamina na função leucocitária e foi o primeiro a relatar a utilização da glutamina pelos neutrófilos e descreveu o fenômeno da transferência de lipídios (ácidos graxos, colesterol e fosfolipídios) nos leucócitos. Participou da descoberta do complexo NADPH em ilhotas pancreáticas. Membro da Academia de Ciências do Estado de São Paulo e da Academia Brasileira de Ciências, foi premiado pela Fundação Simon Guggenheim e Scopus/CAPES por suas realizações científicas, reconhecido como Distinguished Fellow da Universidade Curtin, de Perth, Austrália, e é Doutor Honoris Causa da Universidade Estadual de Maringá. Reconhecido como um dos 2% melhores cientistas do mundo (AD Scientific Index 2021 e 2022).
Sandra Coccuzzo
Diretora do Centro de Desenvolvimento Científico do Butantan
Possui graduação em Biomedicina pela Universidade de Santo Amaro (1996), Mestrado (2000) e Doutorado (2004) em Farmacologia pela Universidade de São Paulo e Pós-doutorado pelo Departamento de Biologia Celular e do Desenvolvimento da Universidade de São Paulo (2011). É bolsista de Produtividade em Pesquisa 2 do CNPq e professora credenciada nos cursos de pós-graduação em Farmacologia, pelo Departamento de Farmacologia do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, Programa de Pós-graduação Acadêmico em Toxinologia do Instituto Butantan e do Mestrado Profissional em Biotecnologia e Bioprocessos do Instituto Butantan. É membro titular do Conselho Superior do Instituto Butantan e do Conselho Curador da Fundação Butantan. É Coordenadora do Crotoxin, Matrix and Immunometabolism Research Group que investiga a ação da Crotoxina (CTX), principal toxina isolada do veneno de Crotalus durissus terrificus (cascavel) sobre o imunometabolismo, particularmente sobre a função e metabolismo energético de macrófagos e de que forma esta ação imunomoduladora da CTX pode controlar os eventos inflamatórios associados à progressão tumoral. Ainda, neste contexto, investiga o efeito direto desta toxina sobre células tumorais, endoteliais e fibroblastos em matriz extracelular 3D, em sistema in vitro biomimético ao microambiente tumoral e as principais vias de sinalização intracelular envolvidas. Desenvolve plataformas de esferóides em sistema 3D in vitro para investigar as interações heterotípicas. Recebeu, como Orientadora, o 8º Prêmio Destaque do Ano (2010) na Iniciação Científica, concedido pelo CNPq, pelo 2º lugar na área de Ciências da Vida. É Avaliador do Sinaes – BASis, – INEP/MEC, desde 2007. Foi Vice-Coordenadora da Escola Superior do IBu-ESIB, de 2019 a 2022, Coordenadora da Comissão de Estágio-IBu, desde 2015, Diretora do Centro de Desenvolvimento Científico e Pró-Reitora da Pós-Graduação do IBu, desde 2018, membro da Coordenação do Laboratório Estratégico de Diagnóstico-COVID-19, desde março/2020, membro da Rede de Sequenciamento de Variantes para COVID-19 desde março de 2021 e Coordenadora do Projeto CeVIVAS FAPESP/Fundação Butantan, desde 2022.
Ana Marisa Chudzinski-Tavassi
Diretora do Centro de Desenvolvimento e Inovação do Butantan
Farmacêutica-bioquímica formada pela Universidade Federal do Paraná, com mestrado e doutorado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), doutorado pelo Instituto Pasteur de Paris e pós-doutorado pela Academia Nacional de Medicina de Buenos Aires, é pesquisadora 1C do CNPq e professora credenciada nos cursos de pós-graduação em Biologia Molecular da Unifesp, Interunidades em Biotecnologia da Universidade de São Paulo (USP) e Toxinologia do Instituto Butantan. É membro titular do Conselho Superior do Instituto Butantan, do Conselho Curador da Fundação Butantan, do Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação da Cidade de São Paulo e da Rede Brasileira de Inovação Farmacêutica. Possui 140 artigos publicados em revistas indexadas, 25 patentes depositadas no Brasil e/ou exterior, 12 capítulos de livros, 26 orientações de dissertações de mestrado e 26 de teses de doutorado, e 27 supervisões de pós-doutorados. Idealizou e foi coordenadora geral do curso de MBA em Gestão da Inovação em Saúde do Instituto Butantan, que formou mais de 200 pessoas de todo o país durante os cinco anos em que foi ministrado. Ana Marisa tem atuado na liderança de projetos de parceria com empresas farmacêuticas e empresas de tecnologia, nacionais e internacionais, e idealizou e dirige o Centro de Excelência para Descoberta de Novos Alvos Moleculares (CENTD), parceria público-privada apoiada pela FAPESP, GlaxoSmithKline e Butantan. Entre seus prêmios mais recentes estão o VII Prêmio Octavio Frias de Oliveira do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo-ICESP (2016).
Giuseppe Puorto
Diretor do Centro de Desenvolvimento Cultural do Butantan
Biólogo formado pela Universidade de Mogi das Cruzes em 1978, é pesquisador científico nível VI do Instituto Butantan. Herpetólogo especializado em serpentes, atua nas áreas de sistemática, distribuição geográfica, biologia e anatomia de serpentes neotropicais, educação ambiental e difusão científica com animais peçonhentos e herpetologia. Acumula mais de 90 publicações entre artigos científicos, notas científicas, relatos de caso, livros, capítulos de livros, CD-ROMs, boletins e manuais técnicos. Além de diretor do Centro de Desenvolvimento Cultural do Butantan, é diretor técnico I dos Museus Biológico e Histórico e coordenador da Recepção de Animais. Também é membro do Conselho Curador da Fundação Butantan, do Conselho Superior do Instituto Butantan, do Conselho Regional de Biologia (CRBio-01) e do Conselho Orientador da Fundação Zoológico de São Paulo da Secretaria da Infraestrutura e Meio Ambiente. Atua no corpo técnico do Hospital Vital Brazil na identificação de serpentes e outros répteis que causam acidentes e é consultor do Ministério da Saúde na área de serpentes e ofidismo. Coordena e ministra os cursos de extensão “Serpentes”, “Animais venenosos”, “Animais em exposição: desafios e potencialidades educacionais” e “Curso de fotografia de natureza e científica”; e dos cursos de divulgação “Serpentes de importância em saúde” e “Reconhecimento de serpentes”, promovidos pelo Butantan. É curador do Parque da Ciência Butantan; da exposição permanente do Museu Biológico; da exposição temporária de longa duração “Serun ou Soro” no Espaço Terra Firme; e da seção Zoologia – Herpetologia do Museu de Ciência da Amazônia (MuCA), em implantação na cidade de Belterra (PA). Também coordena o projeto “Levantamento da herpetofauna e divulgação científica no Legado das Águas – Reserva Votorantim” em Tapiraí (SP).
Ricardo Neves Oliveira
Diretor do Centro Bioindustrial do Butantan
Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade São Judas Tadeu, cursou especialização em Gestão da Inovação em Saúde pelo Instituto Butantan e especialização em Engenharia de Produção pela Universidade São Judas Tadeu. Começou no Butantan em abril de 2004 como auxiliar de laboratório para a produção da vacina recombinante de hepatite B. Foi agente de apoio a pesquisa científica e tecnológica, coordenador de produção e gerente de produção da fábrica de vacina de influenza. Desde outubro de 2019, é diretor de produção do Centro Bioindustrial do Butantan, sendo responsável por cinco núcleos de produção e cerca de 1.100 colaboradores. Participou da produção do antígeno HBsAg da vacina de hepatite B recombinante, da implementação do Laboratório Piloto de Influenza, da produção de Bancos Influenza e da transferência de tecnologia da produção da vacina de influenza fragmentada e inativada, assim como do início da fábrica de influenza. Atuou no desenvolvimento de vacina de influenza de vírus inteiro e vacinas pandêmicas para as cepas H5N1, H1N1 e H7N9. Durante sua gestão, a linha de produção da vacina de influenza trivalente foi pré-qualificada pela Organização Mundial da Saúde, permitindo sua exportação para a Organização das Nações Unidas e agências associadas. Durante a pandemia de Covid-19, foi um dos líderes responsáveis pela produção e entrega de 120 milhões de doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde, além de ser um dos líderes técnicos do desenvolvimento da vacina quadrivalente de influenza e no desenvolvimento da ButanVac. Está diretamente envolvido em projetos de novas fábricas como o Centro de Produção Multipropósito de Vacinas e a planta de produção de anticorpos monoclonais, sendo membro do Conselho Diretor do Instituto Butantan e do Conselho Curador da Fundação Butantan.