120 anos do Butantan: com soro antidiftérico, Instituto passa a diversificar sua produção
Publicado em:
18/02/2021
A partir dos primeiros anos do século XX, o Instituto Serumterápico do Estado de São Paulo, atual Instituto Butantan, começa a diversificar sua produção. A instituição, que começou em 1899 e foi oficialmente criada em 1901, teve como razão principal da sua origem a produção do soro antipestoso para combater o surto de peste bubônica que se abateu sobre o estado de São Paulo naqueles anos.
Em 1906, com o controle da peste bubônica - prioridade do instituto desde sua fundação -, a demanda por vacina e soro antipestosos diminui. Inicia então a produção e disponibilização de soro antidiftérico.
A difteria, ou crupe, havia sido introduzida no Brasil na última década do século XIX por imigrantes europeus, e se espalhou rapidamente pelas grandes cidades, tornando-se endêmica nos meses de outono e inverno.
É uma doença respiratória infectocontagiosa causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae, produtora da exotoxina diftérica. Atualmente, além do soro antidiftérico, medida terapêutica relevante no tratamento, também é utilizada a vacina, medida preventiva mais importante contra a difteria.
A transmissão da difteria se dá pelo contato direto de pessoas doentes ou portadores e por meio de gotículas de secreção respiratória, eliminadas por tosse, espirro ou ao falar. Também pode ocorrer a transmissão por meio de objetos contaminados, ainda que seja menos comum.
A fabricação do soro contra a difteria se somou aos demais produtos do então Instituto Serumterápico do Estado de São Paulo: o soro antibotrópico (contra o envenenamento por cobra cascavel), o soro anticrotálico (contra o envenenamento por cobra jararaca), além da vacina e do soro antipestoso.
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