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Instituto Butantan apresenta projeto para aumentar produção de vacinas sem avançar sobre áreas verdes

Novo Projeto de Lei permite verticalização da atual área fabril para produzir mais vacinas e preservar milhares de árvores e áreas de vegetação densa do Instituto; Instituto ainda fará o maior plano de restauração ecológica da história do Instituto Butantan, com o plantio de mais de 9.000 árvores nativas para restaurar a Mata Atlântica em sua área e entorno


Publicado em: 05/08/2025

O Instituto Butantan, órgão ligado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, irá apresentar hoje em audiência pública na Câmara de Vereadores, junto à liderança do governo municipal na Casa, um substitutivo do Projeto de Lei para viabilizar a ampliação de sua produção de vacinas para atender o SUS sem que haja a necessidade de avançar sobre áreas de alta densidade de árvores no Instituto. Para isso, o novo projeto prevê o aumento do gabarito de construção apenas nas áreas fabris e em terrenos que já possuam construções. Com a verticalização, cai a necessidade de ocupação de novas áreas.

Além disso, o Butantan anuncia o maior projeto de restauração ecológica já realizado no Instituto Butantan, com o plantio de mais de 9.000 árvores nativas em sua área e entorno para restaurar a Mata Atlântica, hoje ameaçada por espécies invasoras, beneficiando toda a vizinhança e a cidade de São Paulo. 

A área do novo projeto irá contemplar apenas o atual parque fabril e terrenos onde já há construções, excluindo as áreas de alta densidade arbórea que constavam da proposta anterior. O projeto permitirá a construção ou ampliação de fábricas de vacinas fundamentais para a saúde da população brasileira, como DTPa (Difteria, Tétano e Coqueluche), Vírus Papiloma Humano e o novo prédio para envase e liofilização de vacinas. 

Com a eventual aprovação do substitutivo do Projeto de Lei, o estudo que estimava a necessidade de supressão de cerca de 6.600 árvores perderá a validade, uma vez que a quase totalidade dessa vegetação encontra-se na área que agora será preservada. Na área fabril, já com baixa densidade arbórea, a maior parte das árvores é de espécies invasoras. Um novo estudo de impacto será elaborado, agora restrito à área do novo projeto e considerando o novo gabarito, sempre com o acompanhamento dos órgãos ambientais e do Ministério Público. Todo o manejo arbóreo dentro do Instituto se dá apenas com autorização dos órgãos reguladores.

O novo projeto é, portanto, uma medida que o Instituto Butantan elaborou não apenas para reduzir o impacto do manejo ambiental que foi aprovado no Plano Diretor proposto pela gestão anterior, mas também para cumprir as metas de ampliação da produção de vacinas e outros imunobiológicos fundamentais para atender às demandas da população brasileira através do SUS, que recebem apoio do Governo do Estado de São Paulo, do Ministério da Saúde e do Governo Federal, este último através do Novo PAC.

“Essa proposta beneficiará a todos. Por um lado, mantemos nosso compromisso de ampliar o acesso da população brasileira à saúde, com a produção de vacinas, soros e imunobiológicos que salvam vidas todos os dias por meio do SUS. Por outro, vamos preservar e recuperar a Mata Atlântica do Instituto Butantan”, afirma Esper Kallás, diretor do Instituto Butantan.

O Instituto Butantan tem papel central na produção de vacinas, soros e pesquisa científica no cenário nacional. Os projetos de ampliação visam fortalecer sua infraestrutura para que o Butantan possa seguir contribuindo com a saúde da população brasileira.