Interromper avanço das variantes e acelerar vacinação é essencial para dar fim à pandemia, projeta presidente do Butantan
Publicado em:
13/08/2021
Se as variantes delta (B.1.617.2, indiana) e lambda (C.37, peruana) não se multiplicarem no Brasil e a velocidade de vacinação da população for acelerada, a pandemia pode acabar nos próximos dois anos. A projeção é baseada em um modelo matemático, explicado pelo presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, na videoaula online “A pandemia e a vacinação no Brasil e no mundo”.
A previsão do médico hematologista e professor titular de medicina clínica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo mostra que o número de casos começa a cair a partir deste mês, conforme a vacinação avança nos estados. “Se houver aceleração da vacinação, é possível que essa curva diminua mais rapidamente. Mas se, por outro lado, ocorrer o aumento das variantes, principalmente a delta, pode ser que essa curva se prolongue ainda mais com o tempo”, explica.
Mas nem tudo depende das variantes. O professor relembra que é preciso continuar seguindo as medidas de proteção, como uso de máscaras, distanciamento físico, evitar aglomerações e aumentar a velocidade da vacinação. “Estamos vendo o mês 10, mês 11 e projetando o começo do próximo ano ainda com o número de casos elevados por dia e o número de óbitos também da mesma maneira, muito semelhante com o que observamos em maio, junho do ano passado”, lembrou.
A mensagem mais importante deixada pelo presidente do Butantan, Dimas Covas, é a necessidade de manter um ritmo acelerado de vacinação. “Temos o desafio de vacinar 100 milhões de pessoas. Quanto mais rapidamente vacinarmos esses 100 milhões, mais rapidamente vamos diminuir a curva e chegar próximo do zero.”
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