Para o virologista Edison Durigon, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), o fato de a CoronaVac ser uma vacina de vírus inativado, ou seja, que apresenta o vírus inteiro e todas as suas proteínas na composição e não apenas fragmentos, a torna mais eficiente contra as reinfecções pelo SARS-CoV-2.
“É preciso destacar que todas as vacinas funcionam, mas acredito que a vacina de vírus completo inativado é muito melhor considerando a reinfecção”, assinalou o cientista nesta quarta (8), durante sua participação no segundo dia do CoronaVac Symposium
Segundo Durigon, por apresentarem o vírus inteiro, as vacinas de vírus inativado são capazes de simular a infecção real de modo mais efetivo do que as vacinas que contêm fragmentos de uma única proteína.
“Na pandemia, nós observamos poucas reinfecções. O mais comum era a infecção de não vacinados ou de vacinados que não tiveram contato anterior com o vírus. Isso acontece porque, quando você tem a doença, você produz mais anticorpos. A CoronaVac deve apresentar o mesmo comportamento”, explica.
O pesquisador ressalta ainda que todas as vacinas atualmente disponíveis são eficazes para combater a Covid-19, especialmente casos graves e hospitalizações.
A tecnologia de vírus inativado é a técnica vacinal mais consolidada no mundo, usada em imunizantes contra diversas outras doenças, como gripe e poliomielite.
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