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Taxa de eventos adversos da CoronaVac em crianças e adolescentes no Brasil é menos de um caso a cada 100 mil doses aplicadas

Levantamento da Farmacovigilância do instituto comprova que eventos adversos são raros nos menores que tomaram a vacina do Butantan


Publicado em: 11/11/2022

A taxa de incidência de eventos adversos em crianças e adolescentes que tomaram a CoronaVac no Brasil é de 0,76 para 100 mil doses aplicadas, conforme as notificações recebidas pela Farmacovigilância do Instituto Butantan. Isto é, a notificação de eventos adversos entre os menores de 17 anos que tomaram a vacina do Butantan e da Sinovac foi inferior a um caso a cada 100 mil doses administradas, o que comprova a baixíssima reatogenicidade da CoronaVac na faixa etária de 6 a 17 anos. Os eventos adversos foram relatados espontaneamente para a Farmacovigilância do Instituto Butantan, que fez o levantamento com dados de até o final de julho. 

Saiba mais: CoronaVac apresenta eventos adversos em menos de 1% das doses aplicadas em adultos no Brasil 

O levantamento leva em conta as mais de 13 milhões de doses da CoronaVac aplicadas nesta faixa etária até o período levantado – 11,05 milhões nas crianças de 6 a 11 anos e 2,02 milhões em adolescentes de 12 a 17 anos.

O Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, recomenda o uso da CoronaVac em duas doses, com 28 dias de intervalo entre elas, para crianças, jovens e adultos a partir dos 3 anos de idade. Como a liberação do uso da CoronaVac em menores de 5 anos foi autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) somente em 13/7, o levantamento conta com dados de vacinação de crianças a partir dos 6 anos, cuja liberação da Anvisa ocorreu em 20/1.  

Eventos adversos em crianças de 6 a 11 anos

Segundo o levantamento do Butantan, a ocorrência de eventos adversos em crianças de 6 a 11 anos é ainda mais baixa do que a média geral. O total de 64 casos notificados em crianças desta faixa etária representa apenas 0,58 evento adverso a cada 100 mil doses aplicadas. 

Quando se refina este dado, a taxa de incidência de eventos adversos não graves é de 0,38 por 100 mil doses aplicadas. Os eventos com maior incidência são: febre (taxa de incidência de 0,09 por 100 mil doses), vômito (taxa de incidência de 0,04 por 100 mil doses), dor no local da administração (0,03 por 100 mil doses) e cefaleia (0,03 por 100 mil doses).