Modelos matemáticos já conseguem detectar novas doenças e onde elas estão em surto e, por isso, deverão ser capazes de identificar a próxima pandemia. Mas nada disso será feito somente por máquinas: muitos cérebros humanos estão por trás desta empreitada, sobretudo os especialistas em bioinformática.
A especialidade interdisciplinar, que está em plena ascensão, envolve profissionais que desenvolvem softwares e plataformas computacionais capazes de predizer qualquer evento epidemiológico por meio de modelos matemáticos e estatísticos e de uma análise de dados robusta e assertiva.
“Com a modelagem computacional é possível criar modelos matemáticos que podem prever possíveis novos surtos ou surgimento de novas doenças. Para isso, é necessário o máximo de informação para decidir quais os dados que são importantes e quais serão descartados”, explica o coordenador do Núcleo de Bioinformática e Biologia Computacional do Instituto Butantan, Milton Nishiyama Júnior.
Um exemplo desta prática são os modelos computacionais baseados em buscas do Google e em comentários feitos nas redes sociais. Como as gigantes da tecnologia dispõem estes dados, é perfeitamente possível criar modelos de robôs que conseguem rastrear em tempo real as respostas e criar mapas de onde está havendo surtos.
“Por essa consulta é possível rastrear os dados, jogá-los em um mapa e usar modelos computacionais para agrupar os padrões que estão acontecendo. Estas informações podem ser usadas para medidas de saúde pública.”
Simulações e previsões
Não basta apenas ter dados à disposição para fazer as previsões. O mais importante é saber analisar o contexto das informações e normatizá-las, para evitar análises enviesadas e longes da realidade.
Com essa bagagem, é possível criar modelos estatísticos que acompanham, por exemplo, taxa de exames, de