É preciso vacinar crianças para conter a transmissão e o surgimento de novas variantes, afirma infectologista
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Publicado em:
08/12/2021
Baseados em evidências científicas, países como China, Chile, Equador, Indonésia, Camboja e Colômbia já estão imunizando crianças contra a Covid-19. Para a médica infectologista Natasha Ferreira, do Hospital Estadual de Serrana, após a imunização da população idosa e adulta, e dos grupos considerados de maior risco, as demais faixas etárias devem ser incluídas no plano de imunização para também serem protegidas e para frear o avanço do coronavírus.
“É um risco manter um número tão grande da nossa população não imunizada. As crianças e adolescentes, além de estarem expostos, passam a ser vetores. E quanto mais o vírus se espalha, mesmo em casos leves, maior a chance de surgirem mutações e outras variantes, que talvez sejam resistentes às vacinas. Precisamos começar a vacinar crianças o mais rápido possível para garantir a segurança de todos nós”, alerta Natasha.
O tema foi pauta da mesa redonda realizada nesta quarta (8) após o encerramento das discussões da manhã do CoronaVac Symposium.
Segundo a diretora de controle de qualidade de pesquisa e desenvolvimento do Butantan, Patrícia Carneiro, o instituto já está em contato com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para solicitar novamente a autorização da aplicação da CoronaVac em crianças menores de 12 anos.
“Vamos apresentar um novo documento com dados da vacinação do Chile e da China, que já usaram o imunizante em mais de 63 milhões de crianças. Os resultados comprovam a segurança e imunogenicidade da vacina na faixa etária de três a 18 anos”, destacou.
A necessidade de se vacinar crianças também foi abordada em um depoimento em vídeo enviado pela jornalista Rita Lisauskas e transmitido durante a mesa redonda.
Também participaram da discussão a diretora de projetos estratégicos do Butantan, Cintia Lucci, e a diretora de inovação do instituto, Ana Marisa Chudzinski Tavassi.
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