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É falso que 18 milhões de doses da CoronaVac estão paradas no Butantan; nova fábrica do Instituto vai produzir a vacina no Brasil

O Instituto tem cerca de 350 mil doses de CoronaVac armazenadas, que estão sendo negociadas para exportação


Publicado em: 20/04/2022

O Instituto Butantan possui hoje cerca de 350 mil doses da CoronaVac armazenadas em suas instalações, que estão em negociação para serem exportadas para outros países que precisam de imunizantes contra a Covid-19 – especialmente países em desenvolvimento que enfrentam dificuldades na obtenção de vacinas. Assim, é falso dizer que 18 milhões de doses da CoronaVac estão paradas no instituto. A produção da CoronaVac no Brasil também não irá parar: o novo Centro de Produção Multipropósito de Vacinas (CPMV) do Butantan, cuja obra civil foi inaugurada em 25/3, possui uma estrutura inovadora voltada para a produção da CoronaVac e outras vacinas.

A nova fábrica vai ter capacidade de produzir anualmente 100 milhões de doses de vacinas, permitindo assim que o Brasil seja autossuficiente e responda de forma rápida a futuras epidemias e pandemias. A princípio, o espaço será destinado à produção de imunizantes contra a Covid-19, zika, raiva e hepatite A. Alinhado aos conceitos de Indústria 4.0, o CPMV é totalmente automatizado e moderno e possui laboratórios de Nível de Biossegurança 3, necessário para trabalhar com vírus altamente infecciosos como o SARS-CoV-2. O centro é um dos únicos no país com essa certificação.

“Acabamos de inaugurar a parte civil de uma fábrica que será totalmente automatizada – a primeira no Butantan –, justamente para produzir CoronaVac, a vacina que garantiu o início da imunização no país e salvou milhões de vidas. O ano de 2021 foi um ano intenso de trabalhos para entregar a primeira etapa desta fábrica, já com a compra e importação de centenas de equipamentos para iniciar a segunda fase imediatamente. O Butantan não alterou a programação desta fábrica, pelo contrário, o projeto anda a todo o vapor”, afirma a diretora de Projetos Estratégicos do Butantan, Cintia Lucci.

O CPMV faz parte de um longo e antigo projeto do Instituto Butantan, que foi acelerado diante da emergência mundial da Covid-19. Ele começou a tomar forma em abril de 2020, com as discussões sobre o conceito da fábrica, e teve sua obra iniciada em novembro do mesmo ano. Em dezembro de 2021, começou a etapa de instalação dos equipamentos, que vai até julho de 2022. Depois disso, começa a fase de certificação, qualificação e automação, que deve ser concluída em fevereiro de 2023.