“Minha filha ainda está desprotegida”: mães do Butantan aguardam a aprovação da CoronaVac para vacinar seus filhos de 3 a 5 anos
Três mães que trabalham no Butantan contam como é passar mais um Dia das Mães sem terem suas filhas vacinadas
Publicado em:
06/05/2022
As mães que trabalham no Butantan compartilham o mesmo sentimento de muitas outras do Brasil: aguardam ansiosamente a ampliação do público-alvo da CoronaVac para incluir meninos e meninas de três a cinco anos. Em março, o Butantan fez uma nova solicitação à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para incluir as crianças menores na autorização de uso emergencial da vacina do instituto contra a Covid-19 e vem trabalhando na coleta de dados e cumprimento das exigências do órgão desde então.
Para a pesquisadora do Laboratório Especial de Dor e Sinalização Vanessa Zambelli e a assistente administrativa de conectividade Natalia Fanti, ter a chance de finalmente vacinar suas filhas seria um ótimo presente de Dia das Mães. “Diferente do que muita gente acredita, as crianças não estão protegidas. Elas também estão suscetíveis aos efeitos graves da doença. Como mãe, fico muito apreensiva e na torcida, na expectativa para que seja liberada logo”, afirma Vanessa, mãe do Pedro, de nove anos, que já está vacinado, e da Emily, de quatro. “Ficamos tranquilos porque todos nós já estamos vacinados, mas também na expectativa de vir uma notícia boa”, completa Natália Fanti, mãe de Alice, de oito anos, e Olívia, quatro.
A gerente de Farmacovigilância do Butantan, Mayra Moura, é mãe de Malu, de quatro anos. Quando os amiguinhos mais velhos do prédio começaram a ser vacinados e mostrar a carteira de vacinação, ela falou: “mamãe, eu quero a minha vacina”. “Eu vejo o quão segura é essa vacina e o quão eficaz ela é. Só conseguimos controlar a pandemia e chegar a poucos casos, e agora com poucos casos graves e de pessoas hospitalizadas, porque a vacina é segura, é eficaz.” Para a enfermeira, esse vai ser um Dia das Mães de esperança, de expectativa que a vez de Malu ainda vai chegar. “É angustiante saber que é uma vacina boa, é uma vacina supersegura, mas que a minha filha ainda não está protegida.”
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