Nesta edição do Você no Butantan, iremos contar a história de uma colaboradora com muito tempo de casa. Silvia Regina Travaglia Cardoso (50) trabalha no Instituto Butantan há 29 anos e é pesquisadora científica do Museu Biológico. Atualmente ela coordena a equipe de manutenção da exposição. Natural de São Paulo, a profissional falou sobre a sua rotina, o que gosta de fazer em suas horas de lazer e sobre a alegria de trabalhar aqui. Leia a entrevista:
BUTANTAN NOTÍCIAS – Há quanto tempo você está no Butantan? SILVIA CARDOSO – Estou no Butantan há 29 anos. Comecei aqui no Laboratório de Herpetologia da instituição, permaneci neste setor por 23 anos. Desde 2013, atuo como coordenadora de manutenção da exposição do acervo vivo de animais do Museu Biológico. Além disso, cuido da parte do biotério também, lá na Fazendinha. O MB conta com uma equipe de cerca de 60 pessoas. A parte de manutenção corresponde a 10 colaboradores.
BN – Qual foi a história que mais te marcou ao longo destes 29 anos? SC – Ah, com certeza foi quando aconteceu meu acidente! Ele ocorreu em 2013. Estava alimentando uma jararaca da Ilha de Marajó, quando em um descuido de minha parte, ela me picou. Doeu bastante, fiquei três dias no hospital, mas depois estava pronta para a próxima. A gente sabe que a culpa nunca é do animal. Nós, da “velha guarda” do Butantan, até brincávamos que apenas eu não havia sido picada, até que chegou minha vez (risos).
BN – Conte um pouco sobre você e sua formação. SC – Eu sempre fui apaixonada por animais, principalmente por serpentes. Lembro que desde pequena desejava trabalhar no Instituto Butantan. Sou formada em biologia pela Universidade Mackenzie. Além disso, fiz um mestrado de Reprodução de Serpentes e um doutorado em História Natural de Serpentes na Zoologia na USP.
BN – O que gosta de fazer nas horas de lazer? SC – Eu gosto de viajar, andar de bicicleta e assistir filmes. Além disso, amo ler sobre relatos de viagens, como as primeiras expedições e também sobre romance. Quando viajo, procuro locais mais afastados do que grandes centros, mesclando passeios no meio da mata e também na praia.
BN – O que o Butantan representa pra você? SC – O Butantan representa tudo para mim. Toda a minha vida profissional, tudo o que estudei até hoje foi sempre dedicado ao Instituto. Eu não encaro o Butantan apenas como um trabalho, mas sim um local em que eu tenho o prazer de vir. Amo cuidar dos meus animais. O IB me proporcionou oportunidades de conhecer vários lugares de acesso até restrito para pesquisadores. Conheci muita gente, participei de resgates de fauna, viagens para ilhas, então isso é bem gratificante para mim.
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