O coordenador de Recursos Humanos, Nathanael Gouveia Zanini, 28, é o convidado desta edição do Você no Butantan. Em entrevista ao Butantan Notícias, o pai do recém-nascido Gustavo falou sobre o desafio de gerir uma área que cuida de cerca de 1500 funcionários da Fundação, das expectativas para o futuro e do orgulho que sente por trabalhar na instituição. “O Butantan é tudo pra mim, é meu primeiro e espero que único emprego”, disse.
Butantan Notícias - Como começou a trabalhar no Butantan?
Nathanael Zanini - Entrei no Butantan em 2006, a partir do Programa Camp (curso técnico profissionalizante para jovens), onde fiz um curso preparatório de 6 meses, no qual se ensina o que se vai enfrentar no mercado de trabalho e coisas da área administrativa e, no final desse período, fui encaminhado para a minha primeira entrevista no Butantan. Aí comecei a estagiar aqui durante o dia todo, trabalhando como office boy e fazendo o Ensino Médio à noite.
Quando eu entrei, a Fundação tinha 500 funcionários e o Instituto, 1200. Então a realidade era outra. A área administrativa também era bem pequena. Não tinha essa proporção que tomou hoje. Eu ajudava o pessoal de compras, o financeiro, a contabilidade, arquivava e emitia notas fiscais, fazia de tudo um pouco e por isso aprendi muito.
Foi aí que surgiu uma vaga efetiva na área administrativa e, em seguida, fui para os Recursos Humanos como auxiliar de Departamento Pessoal, realizando atividades relacionadas a cargos e salários, benefícios, folhas de pagamento e fui galgando posições na área.
Na época a instituição não tinha a complexidade de hoje e consequentemente você acabava fazendo de tudo um pouco. Então, aprendi tudo de Recursos Humanos no Butantan.
BN - Como você encara o desafio de gerir o RH da Fundação?
Nathanael - Estou no Rh há uns 10 anos. Acho que o maior desafio do Butantan é aquilo que a diretoria vem propondo nos últimos anos, que é equiparar os benefícios da Fundação e do Instituto. A gente esbarra em legislação, porque cada um tem sua especificidade, mas a ideia é conseguir dar o mesmo tratamento para ambos. Somos Butantan, independente de o contrato ser via Fundação ou Instituto.
E a gente conseguiu fazer algumas coisas. Um exemplo é o convênio médico estendido aos colaboradores do Instituto, que era uma coisa que a gente vinha batalhando há algum tempo e que foi uma grande conquista para o RH. A gente discutiu bastante com as corretoras e planos de saúde, com o apoio da ASIB (Associação dos Servidores do Instituto Butantan) e do professor Dimas (Tadeu Covas, diretor do IB), para ter esse diferencial significativo, se compararmos a outros órgãos estaduais. Além disso, tem o vale alimentação, o serviço do refeitório, entre outros benefícios que a gente tenta disponibilizar para ambos.
BN - O que você gosta de fazer nas horas vagas?
Nathanael - Eu gosto de andar de moto, fazer trilhas de moto. Gosto também de estar com a família, sair para jantar. A gente passa tantas horas do nosso dia aqui na instituição, então, nas horas vagas a gente tenta, ao máximo, ficar com a família. Ainda mais agora, com a chegada de um bebê, o Gustavo, meu primeiro filho, que completou dois meses.
BN - Quais as suas expectativas para o futuro?
Nathanael - Eu ainda estou assimilando essa coisa de ser pai, né? A gente precisa estar muito mais presente do que já era, dar muito mais atenção nesse momento para criar realmente um vínculo com o filho. Eu acho isso importantíssimo. O banho, por exemplo, só eu que dou. Então, acho que tem que fazer valer todos os momento em que estamos em casa e todos os momentos que estou com ele. Como eu disse, fico muitas horas longe de casa, então, quando chego, eu aproveito para agarrar, beijar, cheirar de todas as formas possíveis para matar a saudade.
É uma experiência impar! É uma coisa que te completa enquanto ser humano. Eu tô bem feliz com a chegada dele. É impressionante como um serzinho de 50 centímetros é capaz de mandar em tudo lá em casa!
BN - O que o Butantan representa para você?
Nathanael - O Butantan é tudo pra mim, é meu primeiro e espero que único emprego. Nunca tive outra experiência profissional. Entrei aqui com 16 anos e tudo que sou, que aprendi e que vivi profissionalmente foi no Butantan.
A instituição passou por uma série de mudanças nesses 13 anos que estou aqui. A Fundação deu um salto de 500 para 1500 funcionários e o nível de complexidade das coisas é maior. Eu tenho acompanhado a evolução disso e consequentemente estou crescendo junto, porque eu me formei e fiz uma pós-graduação em administração e RH.
É uma área fantástica e tem um grande potencial. A instituição pensa nos seus colaboradores me primeiro lugar e não tem como ser de outra forma, pois o seu maior capital está, sem dúvida, nos seus colaboradores.
(Por Luana Paiva)